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11/03/2014 às 19:25, atualizado em 12/05/2016 às 18:15
São 70 profissionais que recebem treinamento para atuar durante os sete jogos da Copa do Mundo em Brasília
BRASÍLIA (11/3/14) – Começou nesta terça-feira (11), no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, o treinamento de 70 catadores de material reciclável, para atuarem durante os sete jogos da Copa do Mundo 2014 na capital federal. Nas 12 cidades-sede serão capacitados, ao todo, 840 profissionais.
“Para a nossa categoria, trabalhar na Copa do Mundo será como um grito de gol. Além do reconhecimento, teremos uma renda a mais e um destaque no currículo”, comemorou o catador Alex Pereira, 38 anos, morador da Estrutural.
No DF, os 70 profissionais foram sorteados entre 25 cooperativas apoiadas pela Coca-Cola Brasil, responsável pela iniciativa em parceria com a FIFA. No curso, eles aprenderão sobre manuseio de equipamentos de coleta e regras de comportamento no estádio, além de questões de segurança e logística do trabalho. Em maio, o grupo fará um treinamento prático no estádio.
Para o diretor de Assuntos Governamentais, Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil, Victor Bicca, os benefícios da coleta vão além da limpeza do estádio.
“É uma ação de inclusão social, geração de renda e preservação do meio ambiente. Além da chance de participar do Mundial, os catadores terão capacitação e experiência que permitirão que eles atuem em outros grandes eventos, já que o Mané Garrincha é uma arena multiuso”, destacou Bicca.
O secretário Extraordinário da Copa 2014, Claudio Monteiro, reforçou o apoio do GDF à iniciativa. “Dessa forma, o estádio cumpre seu papel social, com geração de renda para a população. Esse é mais um legado da construção da arena e da realização da Copa do Mundo para a nossa capital”, enfatizou.
Por partida, a estimativa dos organizadores é que sejam produzidas cinco toneladas de lixo reciclável em média. Os catadores serão responsáveis por coletar e separar os resíduos, que serão divididos e direcionados às cooperativas para reciclagem.
O trabalho se prolongará por todo o período do Mundial, e, quando não tiver jogo, equipes menores se revezarão na manutenção da coleta seletiva no estádio. Ao final, todo o material será reunido e dividido entre as cooperativas.
EQUIPAMENTOS – No estádio de Brasília serão instalados cerca de 300 coletores de 180 litros em áreas de circulação do público, e pelo menos 400 lixeiras de papelão de 100 litros em escritórios, vestiários e áreas VIP.
Os equipamentos da cor verde serão destinados aos resíduos recicláveis, como copos e garrafas plásticas. Já os de cor cinza receberão lixo orgânico, como restos de alimento.
Durante as partidas, haverá campanha de conscientização com os torcedores. Além da sinalização adequada das lixeiras, serão divulgados informes nos telões com mensagens do mascote do Mundial, o tatu-bola Fuleco, padrinho da ação.
COLETA – A coleta seletiva começou no Distrito Federal há um mês, com a entrega dos caminhões para recolhimento do lixo reciclável.
Segundo o coordenador do Movimento Nacional de Catadores no DF, Ronei Alves, a valorização desse trabalho durante a Copa terá impactos positivos na conscientização do brasiliense para a cultura do descarte responsável de lixo.
“Estamos vivendo um momento em que o cidadão precisa se responsabilizar pelo lixo que produz. Com essa ação, a população terá consciência, ao consumir a comida e a bebida, de que esse material precisa ter descarte e destinação corretos”, afirmou Alves.
(L.C./I.M.*)