20/02/2020 às 16:27

Pacientes especiais do HRT têm recursos diferenciados   

Materiais proporcionam maior conforto e segurança durante o atendimento

Por Agência Brasília*

A inclusão do colchão estabilizador, hoje é utilizado em 30% dos atendimentos, proporciona maior conforto ao paciente. Foto: Divulgação/Saúde-DF

A odontologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) conta com recursos que proporcionam melhor assistência aos pacientes que apresentam algumas necessidades especiais. São utilizados colchões à vácuo, estabilização protetora, abridor de boca de silicone e musicoterapia. A utilização desses recursos facilita o atendimento, proporcionando conforto e segurança para pacientes e profissionais.

 “A adoção de medidas facilitadoras e a atuação de uma equipe coesa facilita o processo. A utilização do colchão à vácuo, por exemplo, permite a acomodação do paciente na cadeira odontológica de forma mais confortável, sobretudo para os pacientes que têm paralisia cerebral ou apresentam uma debilidade muscular”, destaca a dentista Andréia Aquino Marsigli.  

A equipe conta com dentistas e técnicos de higiene bucal, que atendem crianças, adultos e idosos. São pacientes diagnosticados com transtorno de espectro autista, com deficiência mental, com Síndrome de Down, distúrbios psiquiátricos e paralisia cerebral, entre outras alterações. Esses pacientes com necessidades especiais têm maior suscetibilidade para o desenvolvimento de alterações bucais, pois muitos não permitem a realização dos cuidados de higienização.       

O paciente Ângelo Santos, 51 anos, tem uma situação clínica que necessita de uma atenção odontológica diferenciada. Ângelo foi diagnosticado em estado vegetativo, após ter sido atropelado por uma motocicleta. Para atendê-lo é preciso do suporte do colchão à vácuo, que proporciona o posicionamento adequado e seguro na cadeira odontológica.

Os cuidados nesse atendimento também exigem o uso de um abridor de boca e faixas estabilizadoras. A musicoterapia é outra parceira nesse tipo de atenção. Ângelo foi atendido ao som de marchinhas de Carnaval, pois a cuidadora do paciente informou que ele ama samba.   

“A odontologia aqui é de excelência. O colchão é incrível, pois permite que o paciente fique na cadeira sem a preocupação de que possa cair. Proporciona maior segurança e conforto para o paciente”, ressalta a irmã de Ângelo, Idione Santos, 54 anos.

Equipamentos

A inclusão do colchão estabilizador, que hoje é utilizado em 30% dos atendimentos, proporciona maior conforto ao paciente, principalmente aos que apresentam movimentos involuntários ou dificuldades motoras.

O colchão à vácuo se modela ao corpo do paciente e cria uma superfície firme e uniforme, que apoia as estruturas anatômicas, limita delicadamente os movimentos, sem que haja contenção mecânica ativa.

“Esse recurso permite um relaxamento do paciente e isto ocasiona uma redução no tempo de atendimento. E, em muitos casos, facilita também a execução de mais procedimentos na mesma sessão, pois o conforto do colchão influencia diretamente na colaboração do paciente durante a consulta”, pontua Andréia Aquino.

As faixas estabilizadoras são utilizadas para manter o paciente seguro na cadeira odontológica. De forma lúdica, a equipe da odontologia informa aos pacientes que se trata de um cinto de segurança. Com isso é possível manter uma maior cooperação, e assim mantê-lo estável na cadeira.

Inovação

Alguns pacientes têm dificuldade de abrir a boca para a realização da higiene bucal ou mesmo de manter a boca aberta para a realização dos procedimentos odontológicos. Diante da dificuldade apresentada pelos pacientes com necessidades especiais, a odontóloga do HRT, Andréia Aquino, desenvolveu um abridor de boca de silicone, que é utilizado em mais de 90% dos pacientes. Por ser de silicone, o abridor promove a estabilização da abertura bucal sem causar lesão na mucosa ou nos lábios dos pacientes.

Os pacientes ainda contam com músicas e vídeos na hora do atendimento. A musicoterapia e a oferta de filmes ou animações auxiliam para aclamar e distrair os pacientes.   A escolha do repertório tem que ser aprovada pelo paciente, que em algumas situações sinaliza se está gostando.   

*Com informações da Secretaria de Saúde