06/03/2020 às 12:23, atualizado em 06/03/2020 às 12:43

Amostra para contraprova de Coronavírus é enviada

Paciente que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular foi transferida para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) na madrugada desta sexta-feira (6) 

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília 

A paciente de 52 anos que teve diagnóstico preliminar de Coronavírus já está no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ela foi transferida na madrugada desta sexta-feira (6) ao hospital, que é uma das referências para tratamento da doença no Distrito Federal. Nesta manhã, as amostras que indicaram resultado positivo em teste de laboratório particular foram enviadas ao  Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, onde será realizada a contraprova. 

A paciente esteve recentemente no Reino Unido e na Suíça. Ela começou a apresentar os sintomas em 26/2 e deu entrada no pronto-socorro de uma unidade particular na quarta-feira (4) com febre, tosse e secreções. Por complicações, ela foi internada Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas o hospital privado solicitou remoção porque não estaria preparado para atuar no caso. 

Isolada no Hran, a paciente receberá o protocolo clínico indicado para esses casos, com procedimentos de controle de infecção necessários.  A expectativa é que a contraprova saia em até três dias.

Sem motivo para pânico

Na noite de quinta-feira (6), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal concedeu entrevista coletiva para tratar do tema. O infectologista Eduardo Hage esclareceu que a pasta deu início ao protocolo de busca de pessoas com quem a paciente teve contato, seja durante a viagem, seja na chegada ao país. 

Ela teve contato direto com dois familiares, que receberam recomendação de isolamento domiciliar. A lista de passageiros que compartilharam os voos foi solicitada à Anvisa. “Todos serão monitorados, acompanhados e, quando necessário, terão amostras colhidas e analisadas”, explica. O médico avisa que a notícia não justifica pânico: “não há motivo para reação exacerbada. Tratamos o caso como importado e não há transmissão local no DF”.