Taxa de desemprego de 12% no Distrito Federal é a menor desde 1992, segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF) realizada por GDF e Dieese

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02/12/2011 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 17:55

DF com mais postos de trabalho

Taxa de desemprego de 12% no Distrito Federal é a menor desde 1992, segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF) realizada por GDF e Dieese

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. Foto: Pedro Ventura

    Dalila Góes, da Agência Brasília

    Uma boa notícia para o Distrito Federal: a taxa de desemprego no mês de outubro foi de 12,2%, mantendo relativa estabilidade em relação a setembro (12,5%). O número é o menor desde 1992 e faz parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/DF), elaborada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Secretaria de Trabalho do DF (Setrab) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
     
    Segundo Daniel Biagioni, sociólogo e analista do Dieese, a leve oscilação mensal da taxa de desemprego indica estabilidade. “O desemprego vem caindo no DF desde maio, quando apresentou índice de 13%. A variação percentual de outubro em relação a setembro é de 0,3%, o que nos mostra estabilidade com tendência à queda”, destacou.
     
    O bom resultado, ainda segundo a pesquisa, é decorrente da geração de oito mil novos postos de trabalho e de quatro mil novos empregos em relação ao mês de setembro. Nos últimos doze meses, foram gerados 19 mil postos de trabalho e 7 mil pessoas ingressaram na População Economicamente Ativa (PEA). O tempo médio por procura de trabalho foi reduzido de 48 semanas, em outubro de 2010, para 42 semanas, em outubro de 2011.
     
    Na apresentação dos números, realizada na manhã desta sexta-feira (02/12), o secretário de Trabalho, Glauco Rojas, lembrou que o Distrito Federal já teve o pior índice de desemprego do país e que hoje as políticas públicas de qualificação da mão de obra contribuem para a redução do desemprego. Como exemplo, ele citou o Qualificopa, programa de formação profissional do GDF que, nos últimos dois meses, empregou cerca de 50% dos mais de dois mil inscritos. “A qualificação é um dos desafios desta gestão. Tenho a certeza de que a tendência do desemprego é cair”, frisou o secretário. Hoje, o contingente de desempregados no Distrito Federal é de 172 mil pessoas. Em outubro do ano passado, eram 185 mil.
     
    De acordo com a pesquisa, os setores de atividade responsáveis pelo aumento das vagas de emprego em outubro foram indústria, que cresceu 10,6% e gerou 5 mil novos postos de trabalho, e serviços, com crescimento de 1% e 6 mil novas vagas.
     
    Os técnicos também chamaram a atenção para a redução da desigualdade de rendimentos entre os 25% mais ricos e os 25% mais pobres da população economicamente ativa. Entre todos os trabalhadores ocupados, a renda dos mais pobres subiu 4,9% nos últimos 12 meses, enquanto a dos mais ricos recuou 0,5%. Entre os assalariados, os 25% mais pobres apresentaram aumento de 3,5% no rendimento médio real, enquanto os 25% mais ricos tiveram redução de 2,8%.
     
    “Isso é bastante positivo”, destacou a presidente da Codeplan, Ivelise Longhi. “Como o DF tem uma renda maior que a das demais regiões metropolitanas, consideramos fundamental a questão da redução da desigualdade”, completou.
     
    Rendimentos – O rendimento médio real dos ocupados em setembro foi de R$ 2.116, um aumento de 0,9% em relação a agosto. Já o rendimento dos assalariados, que é de R$ 2.289, apresentou um desempenho positivo de 1,6% no mesmo período. Entre os assalariados no setor privado sem carteira assinada, foi observada uma redução de 5,1%. Já entre os trabalhadores com carteira, houve aumento de 2%. Os autônomos tiveram um acréscimo de 1,9% em seus rendimentos médios, os prestadores de serviços, de 1,3%, e os comerciantes, de 2,6%.
     
    Também participaram da apresentação o diretor de Gestão de Informações da Codeplan, Julio Miragaya, e o supervisor do escritório regional do Dieese, Clóvis Scherer.