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21/04/2014 às 13:21
Modalidade é oferecida em 18 escolas da rede pública de ensino do DF
BRASÍLIA (21/4/14) – Leandro Alessi, de 3 anos, não conseguia se comunicar com frases inteligíveis até janeiro deste ano. Já em abril, o panorama é outro. Em um progresso incontestável, o menino, hoje, conversa e indica suas vontades e necessidades por meio da fala. A mudança repentina, explica o pai, deve-se a três meses de educação precoce no Centro de Educação Infantil 04, em Taguatinga, modalidade de ensino para crianças com necessidades educacionais especiais.
A modalidade, existente em 18 escolas do Distrito Federal, entre centros de educação infantil e especial, atende crianças de 0 a 3 anos, com necessidades especiais decorrentes de deficiência intelectual, visual, auditiva, física ou motora e múltipla; Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD); superdotação e altas habilidades, além de prematuras, consideradas de risco por serem vulneráveis e apresentarem atraso no desenvolvimento global.
O progresso de Leandro é compartilhado por outras crianças que têm a oportunidade de se desenvolverem com a iniciativa. Heloiza Brandão, de 4 anos, também mostrou avanços em um ano e meio de educação precoce.
Até os dois anos e meio, a menina, que apresenta atraso psicomotor e fraqueza muscular, estudava em outra escola, onde tinha contato apenas com o professor. A mãe, Deize Brandão, conta que Heloiza chegava e se deitava na cadeira, sem interagir. Hoje, estudando com outras crianças especiais, aprendeu a mandar beijos e a chamar as pessoas.
“Na outra escola, era só ela e o professor. Aqui, ela tem atenção exclusiva de um professor, mas está em uma sala cheia de crianças. A interação melhorou muito a sociabilidade dela. Mesmo tendo irmãos pequenos em casa, ela não tinha evoluído dessa maneira”, revelou a mãe.
“Muitas vezes, as crianças chegam aqui depois de já terem tentado de tudo, às vezes ao mesmo tempo: fonoaudióloga, fisioterapia, natação. A criança chega esgotada. Aqui, o nosso processo é mais demorado, mas a metodologia é lúdica. O estímulo vem junto com a brincadeira”, explicou a coordenadora da Educação Precoce do Centro de Educação Infantil 04, em Taguatinga, Helaine de Fátima Silva.
Helaine, que trabalha há 19 anos com o método, conta que encontra alguns ex-alunos, hoje no ensino médio, que acompanham o método regular de ensino. “Eu, que tenho deficiência visual, me formei em educação física na UnB, passei em concurso na Secretaria de Educação e estou me formando em Direito. Se foi possível para mim, é possível para outras crianças”, disse.
A professora esclarece que, quando a criança chega pela primeira vez à escola, o primeiro passo é fazer um diagnóstico. Em seguida, os monitores fazem experimentações para saber até aonde o aluno consegue chegar e do que ele mais precisa. Por último, começa a fase de desenvolvimento, focada nas especificidades da criança, sejam elas motoras ou cognitivas.
Os alunos têm aula de educação física por 45 minutos, um intervalo de 15 minutos e outra aula de estímulo cognitivo com jogos de montar, colorir e brinquedos. As crianças acima de 3 anos têm mais uma jornada de 45 minutos e ficam na escola três vezes por semana – um dia a mais que as mais novas – para se acostumarem com a jornada diária em salas de aulas da educação infantil, na qual serão inseridas no ano seguinte.
O MÉTODO – O objetivo da educação precoce é promover o desenvolvimento de aspectos físicos, cognitivos, psicoafetivos, sociais e culturais, por meio de atividades físicas e lúdicas. O programa está presente em todas as regionais de ensino do Distrito Federal.
Ao todo, são 1.361 vagas, nas quais, para se inscrever, é necessário ter um pedido médico.
A lista de espera ainda é grande. Apenas no CEI 04, de Taguatinga, 100 crianças aguardam uma vaga. A boa notícia é que, segundo o coordenador de Educação Inclusiva, da Secretaria de Educação, Antônio Leitão, está em estudo a ampliação do método para todos os centros de educação infantil e especial.
(B.F./M.D.*)