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24/04/2014 às 17:39
Projeto “Cidade Escola Candanga” foi lançado nesta quinta-feira (24), e Brazlândia será a primeira cidade a receber a ação
BRASÍLIA (24/4/14) – A educação integral será instituída em todas as escolas públicas do DF. Esse foi o compromisso reafirmado pelo GDF nesta quinta-feira (24), data que marca o lançamento do projeto “Cidade Escola Candanga”, que tem como meta oferecer atividades complementares, além das aulas regulares aos alunos, no período de sete a 10 horas diárias. Brazlândia será a primeira cidade com 100% das escolas de ensino fundamental e médio a aderir à iniciativa.
“Hoje é o dia mais importante da educação no DF porque começa uma revolução na vida das nossas crianças e no futuro de nossa cidade. As atividades complementares ajudam a formar um cidadão integral, preparado para a vida. Talvez isso seja compreendido só daqui a alguns anos, mas daqui a um tempo vamos entender a importância desse projeto. Nosso sonho é universalizar o ensino integral em Brasília e transformá-la na primeira cidade a ter essa ação em todas as instituições de ensino”, afirmou o governador Agnelo Queiroz.
A primeira etapa do projeto abrangerá 23 do total de 29 escolas de Brazlândia. As seis restantes ainda passarão por ampliação e reforma das cozinhas, refeitórios e salas multiuso antes de receberem a iniciativa. “Esta cidade servirá como modelo para as outras unidades. Aqui serão beneficiados 12,5 mil alunos, que terão atividades diversas em tempo integral e receberão até cinco refeições diárias. A ideia é levar o projeto de forma gradativa às outras cidades em até oito anos”, explicou o secretário de Educação, Marcelo Aguiar.
De acordo com o secretário, Brazlândia foi escolhida para ser pioneira por possuir características ideais para o projeto. “Esta é a cidade mais antiga do DF, é tradicional. Além disso, tem o núcleo urbano consolidado com a maioria dos professores moradores desta cidade, sem pressão do Entorno e preparada para receber essa ação. Nosso governo está mudando a cara desta cidade. Nós tomamos todos os cuidados para criar condições materiais para que essa política pudesse avançar”, destacou.
As escolas oferecerão atividades complementares, como esportes, artes plásticas, teatro, iniciação científica, língua estrangeira, educação ambiental, musicalização e outros. Foram contratados mais de 200 profissionais entre nutricionistas, psicólogos, educadores sociais, coordenadores pedagógicos e professores de informática e específicos para a educação infantil. “O objetivo não é só tirar as crianças das ruas, e sim oferecer condições para ser um cidadão melhor”, disse a diretora do Centro de Ensino Fundamental 1, Alessandra Alves.
Quem gostou das atividades que serão oferecidas em sua escola foi o aluno do sétimo ano do CEF 1 de Brazlândia, Tomerson Gabriel Barbosa de Oliveira, 13 anos. “Gostei muito do ensino integral pelas atividades e também é melhor a gente ficar na escola porque ficamos muito na frente da televisão e do computador. Na escola nós aprendemos muita coisa. Aprenderemos dança, educação pedagógica, informática, iniciação musical e recreação. A minha preferida é a dança porque eu gosto muito”, revelou, empolgado, o jovem.
OUTROS – Segundo dados da Subsecretaria de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação Educacional, da Secretaria de Educação, os investimentos do GDF na educação integral passaram de R$ 457 mil em 2011 para mais de R$ 6 milhões em 2014. O número de estudantes matriculados nessa modalidade de ensino saltou de 13,6 mil e 52,6 mil, nos anos respectivos.
(K.I./M.D*)