01/05/2014 às 17:44

Cultura recebe projeto executivo de restauro do Teatro Nacional

Expectativa é que obras durem 18 meses, após licitadas e contratadas

Por Da Secretaria de Cultura


. Foto: Pedro Ventura / Arquivo

 BRASÍLIA (1/5/14) – A Secretaria de Cultura recebeu nesta quarta-feira (30), da empresa Acunha Solé Engenharia Ltda., o projeto executivo de restauro do Teatro Nacional Claudio Santoro. Contratado no ano passado, o projeto foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e trará melhorias essenciais para o espaço projetado por Oscar Niemeyer.

 

O teatro, que tem 45 mil metros quadrados, será totalmente restaurado, com manutenção da estrutura de hoje, mas com maior conforto e segurança para os brasilienses e turistas que visitarem as salas Villa-Lobos e Martins Penna.

 

“Esse é um importante passo para devolvermos o Teatro Nacional Claudio Santoro, um espaço tão importante para a sociedade, e faz parte do nosso Plano de Restauração do Patrimônio Cultural. Já devolvemos o Catetinho, a Casa do Cantador, o Cine Brasília, e agora o Governo do Distrito Federal se prepara para lançar as obras desse marco para capital federal que é o Teatro”, afirmou o secretário de Cultura, Hamilton Pereira.

 

As duas salas ganharão mais espaço entre as poltronas, os problemas de acústica serão resolvidos e haverá total acessibilidade com elevadores e rampas próprias para as pessoas com deficiência. Os itens de segurança e combate a incêndio, essenciais para que o espaço entre com o pedido de habite-se e alvará de funcionamento, também serão garantidos e já foram aprovados pelo Corpo de Bombeiros, que auxiliou a empresa na elaboração do projeto.

 

“O grande público que for até o Teatro Nacional após as obras não vai notar uma grande reforma, porque era nossa maior preocupação manter o projeto original, mas vai ver que ele estará mais bonito, tecnológico e com o conforto que uma grande casa de espetáculos merece”, explicou a diretora executiva da Acunha Solé Engenharia, a arquiteta Antonela Petruci Solé.

 

Além das salas de espetáculo, o Foyer da Villa-Lobos terá pequenas mudanças. As bilheterias, que hoje estão localizadas na frente do painel Athos Bulcão, serão deslocadas, e a escada que leva até o segundo andar se tornará apenas um monumento do local. Ela não será utilizada por determinação do Corpo de Bombeiros. Outros acessos serão criados para o piso superior.

 

O jardim Burle Marx, patrimônio tombado, será retirado e mantido em uma estufa até o fim das obras. Depois, será devolvido.

 

O espaço Dercy Gonçalves, fechado há alguns anos, será reformado e reaberto, com local reservado para um restaurante, uma lanchonete e uma bombonière. O anexo, que hoje abriga a Secretaria de Cultura, será um templo para a arte, com livraria, biblioteca e salas de oficina de arte, além de um espaço para exposições temporárias que hoje acontecem no Foyer da Villa-Lobos.

 

OBRAS – Mais de 20 arquitetos e engenheiros trabalharam no plano do Teatro Nacional e concluem agora a parte de cenotecnia. O projeto executivo custou R$ 3,5 milhões. O Teatro não recebia atividades desde 23 de dezembro de 2013 e foi fechado em fevereiro por determinação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

 

Com o projeto em mãos, a Secretaria de Cultura analisará as plantas e, com tudo certo, elaborará o edital de licitação para as obras do espaço. Quando finalizado, o edital seguirá para a Procuradoria Geral do Distrito Federal para análise. A expectativa é que todo o restauro tenha investimento de R$ 150 milhões e as obras durem 18 meses.

 

(K.I./M.D.*)