22/07/2014 às 18:24

DF vai a Portugal dar aula de convivência e fortalecimento de vínculos

Servidoras do GDF seguem para a Europa onde apresentarão artigo que aborda a política de assistência social desenvolvida no Distrito Federal

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília


. Foto: Hmenon Oliveira

 BRASÍLIA (22/7/14) – Vulnerabilidade social, vínculos familiares fragilizados e a educação social como ferramenta capaz de reestabelecer essas e outras demandas. Esses são alguns dos temas abordados pela pedagaga Patrícia Kopp e a educadora social Verônica Oliveira no artigo científico intitulado O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no Distrito Federal: uma experiência em educação social. Após repercussão internacional, as pesquisadoras foram convidadas a apresentar a obra no XXVII Seminário Interuniversitário de Pedagogia Social, em setembro, na cidade do Porto, em Portugal.

 

Servidoras de carreira da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), as autoras do trabalho descreveram um relato da experiência de como o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) vem sendo desenvolvido por meio da educação social. “Pesquisamos dados de índices de vulnerabilidades da população e destacamos não só a questão da renda, mas as vulnerabilidades encontradas e combatidas em nossas unidades de atuação aqui no DF”, explicou Patrícia Kopp.

 

De acordo com as pesquisadoras, o conceito de convivência remete à ideia de reunião de pessoas para o convívio pessoal. Contudo, no trabalho executado por aqui, essa concepção possui um sentido mais focado no usuário, visto que ele é peça chave do serviço. “Nessa perspectiva, a convivência torna-se instrumento da educação social para o resgate e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, bem como para a prevenção de situações de risco e vulnerabilidade social”, frisou a pedagoga.

 

O artigo também aponta a importância na qualificação das ações dos educadores sociais de nível superior, fato que acontece principalmente no Planalto Central, um vez que boa parte dos estados ainda trabalham com profissionais de níveis médio e fundamental.

 

Sobre o convite para ir a Portugal apresentar o trabalho, Patrícia descreve sua emoção como sendo uma sensação de estar no caminho certo e de gratidão por poder participar de uma construção de um serviço que não possuía no país um referencial teórico e metodológico anterior. “Representar o DF, e principalmente os educadores sociais que executam o SCFV aqui, é uma grande honra e oportunidade de mostrar e dar visibilidade a um trabalho tão importante e que infelizmente ainda é pouco conhecido”, finalizou a pedagoga.

 

(A.A./M.D*)