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26/07/2014 às 18:03
CAPS III da região ajuda assistidos a controlar a utilização dos remédios receitados para tratamentos médicos
BRASÍLIA (26/7/14) – O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) de Taguatinga oferece um serviço único em toda a rede de Saúde do Distrito Federal: monta kits diários ou semanais para controlar a utilização dos medicamentos receitados em tratamentos médicos. Um cuidado a mais que acaba fazendo a diferença na vida de muitos assistidos.
Mensalmente, são realizadas cerca de 40 visitas domiciliares a pacientes do Centro. Em meio a tantos casos, a equipe avalia com cuidado, inclusive, como estão sendo usados os remédios receitados pela unidade. O uso de medicamentos é controlado por meio da montagem de kits semanais ou para consumo em dois ou três dias. Cada kit é preparado de acordo com a dificuldade individual do paciente.
Nesse processo características como capacidade de organização, entendimento, estado psíquico/emocional e apoio familiar são levadas em conta. A montagem é feita com os pacientes e são utilizados recursos que eles próprios têm em casa, como caixas de sapatos e potinhos.
“Quando percebemos que o paciente é desorganizado, não sabe ler, não há alguém que o ajude, ou quando há mudança de receituário fazemos a visita para investigação e orientação”, informou a gerente do Caps, Girlene Marques.
Para as pessoas que têm mais dificuldades são feitos dois tipos de procedimentos. Um deles é levar para o Centro todos os medicamentos e distribuí-los, conforme o plano terapêutico, durante a semana.
A gerente ressalta que há um cuidado especial com os pacientes em crise ou que acabaram de sair de uma internação, pois são os mais vulneráveis à ideação suicida. “O medicamento pode se tornar um meio de autoextermínio. Tomamos um cuidado muito grande para que o paciente não fique desassistido em nenhum momento”, esclareceu.
AVALIAÇÃO – Segundo Girlene, todos os pacientes são constantemente avaliados por uma equipe multiprofissional e, à medida que o comportamento do paciente não condiz com o tratamento recebido, os profissionais do CAPS entram em ação para saber o que está acontecendo.
“Passamos a observar que muitos pacientes não apresentavam melhora e estavam mais agressivos ou tristonhos. Se estavam tomando os medicamentos e fazendo terapia, algo estava errado”, lembrou a gerente do Caps, Girlene Marques, ao explicar que o serviço foi criado a partir dessa observação das pessoas acompanhadas pela instituição.
A observação do quadro clínico e comportamental de cada paciente é a principal ferramenta de trabalho da equipe do CAPS, que é composta por psicólogo, enfermeiro, técnico de enfermagem, terapeuta ocupacional e assistente social.
(M.D*)