06/08/2014 às 13:23, atualizado em 12/05/2016 às 17:52

Defesa Civil declara estado de atenção no DF devido à baixa umidade do ar

Medida segue recomendação da Organização Mundial de Saúde, já que registros nos últimos dias ficaram entre 20% e 30%

Por Da Secretaria de Defesa Civil


. Foto: Lula Lopes / Arquivo

BRASÍLIA (6/8/14) – A Secretaria de Defesa Civil  informa que o Distrito Federal entrou em estado de atenção, após uma avaliação das variações climáticas quanto à umidade relativa do ar. Há cinco dias consecutivos, é registrada umidade relativa do ar entre 20% de 30%. Isso tem implicações importantes para o meio ambiente e requer maior atenção da população com os cuidados com a saúde.

 

“A temperatura está elevada, e a umidade do ar vem baixando nos últimos dias, o que pode ocasionar problemas de saúde à população do Distrito Federal. Por isso, decidimos, estabelecer o estado de atenção, como medida preventiva”, explicou o secretário de Defesa Civil, coronel Luiz Carlos Ribeiro.

 

Pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade relativa do ar ideal é de 60%. A OMS recomenda a declaração do estado de atenção quando os índices ficam entre 20% e 30%.

 

Esta época do ano é caracterizada pela longa estiagem e baixa umidade relativa do ar, o que provoca ressecamento das mucosas (que pode causar problemas respiratórios) e da pele. Assim, algumas precauções devem ser tomadas.

 

A Secretaria de Defesa Civil do DF pede atenção especial para as escolas e sugere a adoção dos seguintes procedimentos:

– Manter bebedouros, inclusive de emergência (potes e garrafas) em número acima dos já existentes, com boas condições de higiene e qualidade da água;

– Perguntar com frequência (a cada 20 minutos) se algum aluno está com vontade de beber água;

– Estar atento aos alunos com ânimo abatido ou queda rápida de rendimento e comunicar a direção da escola;

– Estar atento para detectar crianças enfermas, principalmente naqueles quadros com perda de líquidos (febril, diarreia, gripe, tosse etc);

– Manter as salas de aula com a máxima ventilação possível;

– Nas salas de aulas muito aquecidas pelo sol e com pouca aeração, planejar atividades externas intercaladas e sugerir o rodízio de salas para que os mesmos alunos e professores não permaneçam muito tempo naquelas condições;

– Recomendar a merenda com alimentos mais úmidos e leves, de fácil digestão;

– Recomendar aos alunos menores que tragam copos à escola;

– Criar oportunidade para que as crianças umedeçam as narinas e a face, pelo menos uma vez no período;

– Promover reuniões com os pais ou responsáveis, se possível com apoio de um médico ou agente de saúde dos organismos locais da Secretaria de Saúde, e orientá-los sobre procedimentos domiciliares para prevenção da desidratação;

– Manter elevada vigilância de higiene no ambiente escolar, pátios, sanitários e salas de aula;

– Umedecer diariamente, se possível, o piso das salas de aula e pátios cimentados ou cerâmicos;

– Acompanhar com maior atenção às crianças com aspectos de aparente desnutrição;

– Promover atividades educativas com alunos em torno do assunto “Desidratação”, ensinar sobre higiene pessoal do ambiente e dos alimentos e dar maior atenção aos procedimentos para amenizar os efeitos da baixa umidade do ar.

 

A Defesa Civil também orienta os brasilienses a adotarem os seguintes procedimentos a fim de minimizar os efeitos à saúde:

– Evitar aglomerações em ambientes;

– Aumentar a ingestão diária de líquidos, independentemente de apresentar sede ou não. Beber pelo menos seis copos d’água de tamanho médio;

– Evitar os banhos prolongados com água quente, bem como o uso excessivo de sabonete para não eliminar totalmente a oleosidade natural da pele;

– Pingar duas gotas de soro fisiológico em cada narina, pelo menos seis vezes ao dia. Esse procedimento evita o ressecamento nasal e a ocorrência de sangramento;

– Evitar ligar aparelhos de ar-condicionado, que retiram ainda mais a umidade do ambiente;

– Trajar roupas adequadas às condições do tempo. No calor, usar roupas leves e, se possível, de algodão;

– Fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras sempre que possível;

– Evitar exercícios físicos entre 10h às 17h. Nesse período, a insolação e evaporação atingem seus índices máximos;

– Usar creme hidratante ou óleo vegetal em abundância para evitar o ressecamento da pele;

– Optar pelo uso de sombrinha ou guarda-chuva no período mais quente;

– Os pequenos merecem cuidados ainda mais especiais, pois têm a pele mais sensível e vulnerável. A hidratação é essencial, principalmente de dentro para fora com a ingestão de bastante líquido. Os pais precisam redobrar os cuidados para garantir que as crianças estejam sempre bem hidratadas.

– Os idosos, suscetíveis a problemas respiratórios, também exigem atenção.

 

No prazo de 72 horas, a Secretaria de Proteção e Defesa Civil divulgará avaliação quanto ao estado de atenção e a necessidade de novas medidas.

 

(C.C.*)