Em reunião em Brasília, FIFA sinaliza a criação de uma faixa de ingressos populares destinado a pessoas de baixa renda
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08/11/2011 às 03:00
Em reunião em Brasília, FIFA sinaliza a criação de uma faixa de ingressos populares destinado a pessoas de baixa renda
Dalila Góes, da Agência Brasília
Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (08/11), o secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Jerôme Valcke, sinalizou positivamente para que idosos e pessoas de baixa renda comprem ingressos mais baratos durante a primeira fase da Copa do Mundo de 2014, com exceção da partida de abertura. Na entrevista, ocorrida logo após audiência pública na Câmara dos Deputados que discutiu a Lei Geral da Copa do Mundo, Valcke cogitou a possibilidade de criar um segmento de ingressos mais baratos, chamada inicialmente de categoria 4.
Brasília será, junto com o Rio de Janeiro, a cidade que mais receberá partidas do Mundial de 2014. Serão sete jogos na cidade, incluindo um da seleção brasileira e a disputa do terceiro lugar. A capital federal também sediará a abertura da Copa das Confederações, em 2013, além de jogos da Copa América e das Olimpíadas de 2016.
Segundo Jerôme Valcke, a categoria 4 eliminaria a cobrança de meia entrada para diferentes grupos de pessoas e seria reservada apenas para brasileiros. A ideia de um lote de ingressos mais baratos para cidadãos do país anfitrião dos jogos já foi usada na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. “Quando damos meias entradas gerais, não estamos beneficiando os mais pobres, e sim algumas categorias como estudantes ou idosos. A proposta aqui é que os trabalhadores de baixa renda possam ver os jogos”, explicou o secretário-geral sem especificar se no ato da compra serão exigidos comprovantes de renda.
Jerôme Valcke também garantiu que a FIFA não mexerá na lei nacional que garante meia entrada aos estudantes que, segundo ele, também se encaixariam na categoria 4 de ingressos. O dirigente está em Brasília para esclarecer as controvérsias geradas pelo projeto da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014, que tramita na Câmara dos Deputados em regime de urgência. Há pontos da lei que divergem da atual legislação brasileira, como a meia entrada e a venda de bebidas alcoólicas em estádios.
O secretário-geral da FIFA destacou ainda que, apesar de a Copa das Confederações em 2013 ser um evento teste, é preciso acelerar as obras, porque não haverá tempo de fazer nenhuma “mudança fundamental” entre a competição e o Mundial de 2014. Brasília sediará a abertura da Copa das Confederações e também receberá a Copa América em 2015 e jogos de futebol das Olimpíadas de 2016, além de sete partidas da Copa de 2014.