CEB promove inclusão social

Ailane Silva, da Agência Brasília

A Companhia Energética de Brasília (CEB) inaugurou, no Riacho Fundo II, mais uma unidade do projeto Luz das Letras. O projeto, que reflete o compromisso da empresa com a responsabilidade social e viabiliza a inclusão social de pessoas que não tiveram a oportunidade de frequentar a educação formal ou não puderam avançar em seus estudos. Desde que foi implantado, em 2002, já foram matriculados aproximadamente 2,8 mil alunos em 17 centros de atendimentos distribuídos em todo o Distrito Federal.

Uma das mais novas alunas é a Vanilze da Conceição Silva Nunes, 22 anos, que com auxílio de monitora Rosângela Ferreira de Sousa, completou a 68ª inscrição da nova unidade. Vanilze contou ter parado na primeira série e que encontra dificuldades no cotidiano por não saber ler nem escrever. “O que eu mais quero é aprender a ler”, disse.

A gestora do projeto, Marina Borges Soares, conta que o Luz das Letras funciona com o auxílio de um software didático-pedagógico criado e cedido à CEB pela Companhia Paranaense de Energia (Copel).  Nele, as pessoas podem ter acesso ao conteúdo das quatro primeiras séries do Ensino Fundamental. “O foco é atender jovens e adultos analfabetos, semianalfabetos ou com aprendizagem deficitária”, explicou.

Ainda de acordo com ela, o projeto é realizado em parceria com outras instituições. “Esta é a segunda unidade do Riacho Fundo II. Para esta inauguração, temos a parceria da Fundação Universa e o apoio da Prefeitura Comunitária e do Conselho Tutelar local”, disse.

O Conselho Tutelar e os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) são os principais parceiros do programa uma vez que encaminham ao Luz das Letras pessoas da comunidade atendidas nesses dois órgãos. A conselheira Antônia Lucineide Marques de Araújo enumera os benefícios. “Além de ser inclusão social, é inclusão digital. Muitas famílias não teriam acesso a esse conhecimento, a não ser por meio do projeto”, apontou.

De acordo com a coordenadora pedagógica, Bernadete Castro Sales, para cada unidade, há um ou dois monitores auxiliando os alunos. “Estes monitores são universitários dos cursos superiores de letras ou pedagogia, que ganham uma bolsa para auxiliar no custeio da mensalidade da faculdade, além do auxílio transporte”, disse. “Assim, o auxílio vai para duas pontas: a de ajudar na alfabetização e no incentivo para que o monitor, que tem que estar cursando uma universidade”, completou.

A monitora Rosângela, que ajudou Vanilze a se matricular, contou que precisava mesmo de um “empurrãozinho” para ingressar na faculdade. “Para que eu fosse monitora, a exigência era que eu fosse membro da comunidade e fizesse faculdade. Com esse incentivo, estou fazendo comecei a cursar pedagogia”, disse.

Inscrições – Para se inscrever, basta procurar a unidade mais próxima com os documentos de uso pessoal. O aluno deve frequentar e assistir às aulas, pelo menos, uma vez por semana. Cada aula deve ser de, no mínimo, uma hora. O prazo para concluir o curso varia de acordo com o desenvolvimento intelectual e frequência do aprendiz.

Atendimento no DF

A população do DF também pode procurar mais outras 16 unidades de atendimento do projeto Luz das Letras nas seguintes localidades:

·         Agência CEB Recanto das Emas

·         Agência CEB Paranoá

·         Gama – ADGE

·         Varjão

·         Escola Classe 01 do Itapoã

·         Arapoanga – Instituto Maria do Barro

·         CIEE- Centro Integral de Ensino Especial

·         Escola Parque 314 Sul

·         Lar Maria Madalena

·         Lago Norte – CELAN

·         Riacho Fundo II

·         Centro de Ensino Médio Setor Oeste

·         CRAS Santa Maria

·         CEF 18 Ceilândia

·         Escola Classe Alto Interlagos 01

·         Núcleo Rural Café Sem Troco, no Paranoá

·         Riacho Fundo II, localizada na QN 7 C, Conjunto 07, Casa 20.