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18/08/2014 às 17:42
Segundo o delegado, há indícios suficientes para apontá-los como autores dos crimes
BRASÍLIA (18/8/14) – A 24ª Delegacia de Polícia de Ceilândia apresentou na manhã desta segunda-feira (18) os dois suspeitos pelo roubo, estupro e assassinado da jovem Leudiquele da Conceição Santos, de 17 anos. Sérgio de Freitas Barreto, de 30 anos, e Sebastião Silva de Jesus, 25, foram capturados neste fim de semana após denúncias anônimas.
Mais conhecido como ‘Expansão’, Sérgio é morador do Condomínio Privé, na BR-070, mas estava escondido na casa de um irmão em Samambaia. Já Sebastião, o ‘Tiãozinho’, foi pego próximo ao local do crime, na QNO 20.
“Recebemos algumas denúncias pelo Disque 197 e acionamos o Poder Judiciário e o Ministério Público que, de pronto, expediram os mandados de prisão preventiva”, destacou o delegado Guilherme Henrique Nogueira.
Os dois negaram a autoria dos crimes e ficaram se acusando mutuamente. Durante o interrogatório, Sérgio alegou que ingeriu bebida alcoólica durante a noite anterior ao fato com Sebastião, mas ficou sabendo apenas depois que o amigo havia praticado o ataque contra a adolescente. Então, fugiu para a casa do irmão, uma vez que ficou com medo de ser associado ao caso.
Já Sebastião garante que estavam juntos na abordagem contra Leudiquele e Sérgio anunciou o roubo, mas o fato evoluiu para estupro e assassinato. Vale destacar que ‘Tiãozinho’ tem várias marcas como mordidas e arranhões, típicas de luta corporal com uma mulher. Eles se declararam usuários de drogas e ficarão por 30 dias em prisão preventiva.
O delegado revelou que ambos já têm ficha criminal. ‘Expansão’ já foi condenado por três furtos qualificados e um roubo, e, após 1 ano e 4 meses de prisão, cumpria prisão domiciliar. Já ‘Tiãozinho’ vem de mais de 20 passagens, sendo que uma delas foi pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte), além de dois furtos qualificados, e estava em liberdade provisória.
Guilherme Henrique acredita que existam indícios suficientes para atribuir a culpa dos atos à dupla. Se comprovada a autoria dos crimes, eles podem pegar de 12 a 30 anos de prisão por estupro seguido de morte, e quatro a 10 anos por roubo. “São pessoas frias e desacertadas psicologicamente que, além da prisão, precisarão de atenção do Estado para avaliar esses transtornos”, complementou Guilherme Henrique.
(A.A./C.C*)