Mané Garrincha é arena estratégica para a CBF

BRASÍLIA (13/9/14) – O Estádio Nacional Mané Garrincha é hoje a primeira opção dos grandes clubes brasileiros que querem jogar fora de seus estados de origem. Quem garante é o vice-presidente da Região Centro-Oeste da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Weber Magalhães. Para o dirigente, a construção da nova arena permitiu a Brasília se tornar cidade-sede de grandes eventos, além de beneficiar o esporte local.

Em entrevista exclusiva ao Portal Brasília na Copa, Weber Magalhães revelou alguns dos planos em estudo para consolidar ainda mais o papel de destaque de Brasília no cenário futebolístico nacional. Entre eles estão a reedição da Copa dos Campeões (competição que reúne os clubes brasileiros que já ganharam o título mundial) e a realização da final da Copa do Brasil no Mané Garrincha. “Sem dúvida nenhuma, nós vamos fazer com que ainda mais clubes venham se apresentar na capital”, garantiu.

Nascido no Rio de Janeiro, Weber Magalhães veio para Brasília em 1973 e aqui começou seu envolvimento com o esporte. Foi jogador profissional de futebol, com passagens por clubes como Gama, Brasília e Guará. Presidiu por dois mandatos a Federação Brasiliense de Futebol e chefiou a delegação da Seleção Brasileira que conquistou o pentacampeonato em 2002. Desde 2004, é vice-presidente da CBF para a Região Centro-Oeste – que compreende os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins, além do DF.

O que a CBF está fazendo para fomentar o futebol na Região Centro-Oeste?

Nossas ações são voltadas, principalmente, para fortalecer os clubes da Série C e Série D, possibilitando a eles que superem as suas dificuldades. Em Brasília, estamos lutando para que o futebol local volte a ser protagonista no cenário nacional, com clubes da cidade novamente disputando a Série A e enchendo o Mané Garrincha.

Que impacto o Estádio Nacional trouxe para o futebol da região?

Ter uma estrutura como essa, de um estádio de 1º mundo, só vem beneficiar o futebol da região. O Mané virou o protagonista do Centro-Oeste, tornando-se a primeira opção dos grandes clubes brasileiros que querem jogar fora de seus estados de origem.

A nova arena também beneficiou o futebol local?

Com certeza. Valorizou o esporte na cidade. Nós tivemos os jogos da final do Campeonato Candango com uma ótima presença de público. Acredito que a nova arena deverá ser o palco das partidas mais importantes e decisivas dos clubes daqui, proporcionando o conforto e a segurança que os torcedores merecem.

O Mané Garrincha tem recebido muitos jogos do Campeonato Brasileiro, principalmente dos grandes times do país. A CBF apoia essa prática?

Sem dúvida, isso ajuda a popularizar o futebol. A entidade procura ajudar nesse sentido, liberando a realização dos jogos em outros estados. É bom lembrar que isso traz benefícios para o futebol local, já que parte da renda fica com a Federação Brasiliense de Futebol.

O que Brasília oferece como diferencial para atrair tantos jogos?

Brasília já provou que tem toda a estrutura para sediar grandes eventos. Além de termos um estádio que é um verdadeiro templo do futebol, possuímos a vantagem de termos uma malha aeroviária muito acessível. A diversidade de torcidas também é fundamental, com fãs dos mais variados clubes brasileiros.

Há previsão de que o estádio receba outras competições?

A ideia da CBF e do Governo do DF é trazer novos eventos para o estádio. Estamos estudando a possibilidade de criar uma final da Copa do Brasil itinerante, que poderia ser disputada no Mané. Também há planos de reeditar a Copa dos Campeões e de reunir em uma partida os vencedores da Série A e da Copa do Brasil para definir o supercampeão brasileiro, entre outras iniciativas.

(C.C*)