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19/11/2020 às 21:12
Relatório segue agora para o plenário, onde a matéria deve ser votada na próxima semana
A Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesc) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou o parecer que indica o nome do advogado Paulo Ricardo Silva para assumir a presidência definitiva do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), cargo que ele exerce interinamente desde 29 de setembro deste ano. Na próxima semana, o parecer será votado pelo plenário da Casa.
O relatório foi aprovado por três votos, sendo registradas duas ausências. Votaram a favor os deputados Jorge Vianna (Podemos), relator da matéria e presidente da comissão, Reginaldo Veras (PDT) e Rodrigo Delmasso (Republicanos). Antes da aprovação, Paulo Ricardo foi sabatinado, em audiência pública on-line, por mais de duas horas.
Durante a sabatina, ele afirmou que a nova administração tem se empenhado em melhorar o atendimento nas unidades administradas pelo Iges: o Hospital de Base (HB), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e seis unidades de pronto atendimento (UPAs).
“Tenho a convicção de que, com a equipe que compõe o Iges hoje, vamos dar as respostas de que a população precisa”, garantiu. “O Distrito Federal tem no Iges uma esperança, e ela não será frustrada por uma má gestão.”
[Olho texto=”Tenho a convicção de que, com a equipe que compõe o Iges hoje, vamos dar as respostas de que a população precisa” assinatura=”Paulo Ricardo Silva, presidente do Iges-DF” esquerda_direita_centro=”centro”]
Mais transparência
Questionado pelos parlamentares sobre problemas encontrados na instituição, Paulo Ricardo destacou que, para dar maior transparência aos atos da nova diretoria, criou uma Controladoria Interna.
O órgão tem missão específica: auditar contas e contratos existentes ou a serem feitos com fornecedores e prestadores de serviços, além de atender às demandas dos órgãos de controle, como o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e o Tribunal de Contas (TCDF). Ele informou ainda que, em acordo com o TCDF e a Controladoria-Geral do DF, o instituto vai publicar todos os contratos a partir de 2018.
Paulo Ricardo anunciou que serão adotadas medidas para reforçar a transparência da gestão, como aumentar a fiscalização sobre a execução de todos os processos de contratação de serviços e de pessoal.
O deputado Leandro Grass (Rede) aprovou. “Quero elogiar a estruturação da Controladoria, que está apurando o que ocorreu em um ano e meio de Iges, além da disposição do presidente, sempre aberto ao diálogo”, ressaltou.
Recuperação financeira
Paulo Ricardo anunciou também que está sendo elaborado um plano de recuperação financeira e reestruturado o modelo de gestão. Esse plano visa enfrentar os problemas herdados. “A atual gestão encontrou uma situação muito difícil, com atraso no pagamento de fornecedores, falta de insumos, fragilidade nos fluxos de compra”, enumerou. “Isso vem sendo equalizado com os devidos ressarcimentos feitos pela Secretaria de Saúde.”
O presidente declarou ainda que o orçamento do Iges-DF é de cerca de R$ 1 bilhão por ano. Melhorando a administração desses recursos, será possível aprimorar outros serviços, como o abastecimento de insumos e o sistema de comunicação entre as unidades administradas pelo Iges.
O deputado Jorge Vianna ressaltou que é crítico ao modelo do Iges-DF, mas que vê melhorias na atual gestão. “Vejo que a nova diretoria está com várias ideias e quer ser a mais transparente possível. Chamou os deputados para conversar, o que não era comum. Estou vendo que essa gestão está começando a fluir”, elogiou.
Mudanças nas equipes
Durante a sabatina, o diretor-presidente informou que parte dos servidores públicos cedidos ao Iges pela Secretaria de Saúde (SES) será devolvida ao órgão de origem. Isso porque a SES está impossibilitada, por lei, de fazer nomeações até dezembro de 2021. Os estatutários serão substituídos por colaboradores celetistas, escolhidos por processo seletivo público.
“A devolução é uma demanda da SES para melhorar o serviço nas outras unidades da rede pública, mas será feita de forma gradativa e transparente, por meio de um cronograma”, explicou Paulo Ricardo. Ele acrescentou que serão mantidos alguns servidores com notório conhecimento, considerados indispensáveis para que o atendimento não seja comprometido durante a transição.
Quem é Paulo Ricardo Silva
Paulo Ricardo Silva é formado em direito e pós-graduado em história. Ele ocupou o cargo de secretário-adjunto executivo de Saúde do Distrito Federal. Tem vasta experiência em gestão, inclusive no Ministério da Saúde, onde coordenou e dirigiu ações do Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais de Saúde (Programa Mais Médicos). Pelo governo federal, também participou da elaboração da cartilha do Programa Mais Médicos.
*Com informações do Iges-DF