05/11/2014 às 18:15

Grupo de combate ao tabagismo em São Sebastião tem sucesso em oitenta por cento dos casos

Serviço de apoio a fumantes que querem deixar o vício é multidisciplinar e fornece adesivos, chicletes e remédios

Por Da Redação, com informações da Secretaria de Saúde


. Foto: Pedro Ventura / Arquivo

 BRASÍLIA (5/11/14) – São Sebastião ganhou novos candidatos a ex-fumantes com o encerramento do grupo de combate ao tabagismo. Durante cinco sessões semanais, 17 integrantes contaram com apoio multidisciplinar para vencer o vício na regional que tem êxito de 80% entre os pacientes que querem deixar o tabagismo.

 

Além do apoio dos profissionais, das palestras sobre os efeitos do cigarro no organismo e sobre como funciona o processo de deixar de fumar, os participantes recebem, gratuitamente, adesivos e gomas de mascar de nicotina, além de comprimidos. A medicação é distribuída dependendo do grau de dependência, e há casos de pacientes que conseguiram deixar de fumar só com apoio psicológico.

 

Segundo o coordenador do grupo, o médico clínico Félix Molinet, os integrantes ficam livres para escolher se deixarão de fumar de forma progressiva ou de um dia para o outro. “Cada participante decide quando e como será seu dia D.”

 

Normalmente, a maioria dos integrantes começa a obter ajuda medicamentosa na segunda sessão, geralmente de adesivos, cuja dosagem vai depender de cada caso e será diminuída progressivamente. “A lógica do adesivo é ir diminuindo os efeitos da nicotina no organismo para a pessoa não sofrer abstinência”, explicou ao grupo a odontóloga Elisa Camargo.

 

Entre os conselhos ensinados para deixar o vício está o de desenvolver uma estratégia na hora da vontade de fumar. “Você tem que criar uma postura, por que se o desejo for reprimido, a fissura aumenta. Quando a vontade vem, você pode se lembrar dos benefícios para conseguir não fumar ou até conversar com o cigarro”, sugeriu a psicóloga Deise Meyer.

 

Além do vício físico, outra dificuldade comum na hora de vencer o tabagismo é o hábito. “A gente recomenda buscar novos prazeres, como comer uma comida bem temperada”, frisou Elisa.

 

VITÓRIA – Na última sessão, todos os 14 participantes presentes tinham deixado de fumar e comentaram com os colegas tanto as melhoras quanto as dificuldades que estão tendo na etapa inicial da vida sem cigarro.

 

“Estou renovado, me sentindo outra pessoa. Estou dormindo bem, melhorou meu paladar”, comemorou João Batista, 62 anos, que foi fumante por mais de 40 anos e está há três semanas sem fumar. “Acho que eu estava só precisando de um empurrãozinho”, acrescentou.

 

Cada participante tem um motivo especial para celebrar. Após 52 anos fumando, Jairo Machado da Silva, 67 anos, também está livre dos 60 cigarros diários. “Já economizei R$ 500”, calculou.

 

Há semanas sem o vício, Armando Amorim Campos Filho também comemorava com o grupo. “Para mim o maior benefício é a autoestima e o reconhecimento de que minha boca não fede.”

 

PERSPECTIVA – A luta dos integrantes do grupo de combate ao tabagismo, no entanto, está apenas começando. Os pacientes passarão por acompanhamento durante 12 meses. “Para ser considerado ex-fumante uma pessoa tem que passar no mínimo um ano sem fumar”, explicou o coordenador do grupo.

 

Cada grupo tem suas características próprias. O grupo encerrado esta semana começou com 17 participantes e terminou com 14, todos eles saudáveis, sem fumar e sem recaídas. “Acho que eles vão ter um sucesso muito grande em deixar definitivamente o cigarro, por que estavam bastante empenhados, entrosados e dando muita força entre eles”, lembrou o médico.

 

O Centro de Saúde nº 01 de São Sebastião fica no Centro de Múltiplas Atividades, Conjunto 10 (ao lado da Regional de Saúde).

 

(M.D*)