Presos passarão por cursos de reintegração à sociedade
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20/09/2011 às 03:00
Presos passarão por cursos de reintegração à sociedade
Da Agência
O secretário de Justiça, Alírio Neto, retomou hoje um projeto antigo e pioneiro no Distrito Federal: projeto “Liberdade”. Desde 1995 os sentenciados têm trabalhado nas ruas da cidade em troca da liberdade. A redução da pena ocorre quando o preso trabalha para a sociedade por meio deste projeto: três dias trabalhados reduz-se um dia de pena.
O projeto ganhou repercussão nacional, um prêmio da Fundação Getúlio Vargas como um dos dez melhores projetos do Brasil, em 1995, e ao longo dos anos ajudou centenas de sentenciados a voltarem para a sociedade. No início do projeto eram cerca de 200 presos. Atualmente são mais de mil presos contemplados pelo convênio da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap).
No Distrito Federal existem mais de 470 mil pessoas encarceradas. “Em 1995, nós vimos pela primeira vez no Brasil presos trabalhando nas ruas para a sociedade. A política de execução penal está equivocada. Precisamos de políticas públicas de oportunidades. A pessoa não pode corrigir o passado, mas pode ter um novo começo”, pontua Alírio Neto.
O subsecretário de Promoção dos Direitos Humanos, Todi Moreno, explica que a capacitação profissional é necessária para a ressocialização dos presos. “Muitas pessoas erraram, mas precisam ser capacitadas, qualificadas e reinseridas na sociedade”.
Os cursos oferecidos pelo projeto atenderão, inicialmente, 98 presos do regime semiaberto que trabalham na Secretaria de Justiça. O primeiro curso oferecido será de Gestão de Recursos Humanos. As aulas serão ministradas na estrutura da própria secretaria e ocuparão duas horas diárias dos sentenciados.
Com vistas para a Copa do Mundo em 2014, que acontecerá no Brasil, o projeto também vai capacitar presos em cursos de boas maneiras, etiqueta, garçom, guia turístico, informática, entre outros.
Para o sentenciado Randal Alves Ferreira, “o projeto é muito importante porque tem muitas pessoas que saem dos presídios e não tem nenhuma preparação para trabalhar”. Randal estuda Pedagogia com uma bolsa integral que ganhou por meio do Enem.
Fonte: Sejus