16/05/2012 às 13:43, atualizado em 17/05/2016 às 14:21

Entrevista: João Hermeto de Oliveira Neto

Na série de entrevistas de administradores regionais à AGÊNCIA BRASÍLIA, o policial militar explica seu estilo para administrar a Candangolândia. Ele trocou o trabalho de gabinete pelas ruas

Por Carlos Rezende, da Agência Brasília


. Foto: Pedro Ventura

Policial militar, Hermeto Neto passou boa parte de sua vida guardando as ruas e protegendo a população. À frente da Administração Regional da Candangolândia, seu trabalho não tem sido muito diferente: ele trocou a atividade de gabinete pela relação de proximidade com a população. Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, Hermeto explicou como fez do disque-administrador um serviço que vem ajudando a desenvolver a cidade em parceria com o cidadão.

O senhor afirma que tem uma forma diferente de administrar. Como ela é?

 Penso que passar o dia inteiro num gabinete é errado. É claro que eu tenho que vir ao gabinete para despachar. Para isso, venho pela manhã, das 8h às 9h. Cumpro todo o ritual de assinaturas de documentos e deixo a parte da burocracia administrativa com o chefe de gabinete e os diretores. Em seguida, vou para a rua com minha motocicleta. Com ela, circulo por toda a cidade e percorro os locais onde o carro não entra. Anoto num bloquinho tudo o que precisa de manutenção, como buracos no asfalto, calçadas quebradas, árvores precisando ser podadas e bueiros entupidos. Registro também as reclamações dos moradores. Na volta, levo as demandas pessoalmente para os diretores de cada setor, que ficam responsáveis por dar o retorno do problema para mim e para os moradores que fizeram reclamações.

Detalhe sobre o disque-administrador.

Tratamos o morador da Candangolândia como um cliente que, na verdade, paga seus impostos e quer ver este dinheiro revertido em melhorias para seu bairro. Por isso, temos esse serviço com o meu celular divulgado em muros da cidade. Ele fica ligado até as 23h. Por meio dele, os moradores fazem reclamações, sugestões, críticas, elogios e apontam as necessidades da comunidade. O serviço é oferecido desde a minha primeira gestão. No começo, eu quase enlouqueci de tantas ligações. Depois, o número de ligações reduziu, já que as demandas começavam a ser atendidas.

O que já foi realizado na cidade que partiu da sugestão de moradores?

A entrada da Candangolândia com uma rotatória, por exemplo, foi ideia de um morador; o Centro de Lazer, construído na área central e orgulho da nossa cidade, também foi uma proposta dos habitantes. Como é este Centro de Lazer? Ele tem quadra coberta, banheiros, churrasqueiras, parque infantil, pista de skate, campo com grama sintética e academia ambientada. A população tem agora um lugar para se exercitar, fazer churrascos, confraternizações e brincadeiras com toda a tranquilidade e segurança.

Quais os projetos para o futuro da Administração Regional da Candangolândia?

Vamos investir mais ainda no esporte. Em dezembro, entregaremos o segundo campo com grama sintética. Ele está sendo construído na entrada da cidade. Queremos criar várias escolinhas de futebol e ajudar a manter os jovens longe das drogas. Pretendemos reformar ainda o salão comunitário onde serão oferecidos vários cursos gratuitos. Estamos trabalhando para revitalizar a Feira Permanente da Candangolândia e reformar o Ginásio de Esportes. Além disso, trabalhamos para construir uma nova biblioteca. São muitos projetos e sabemos que podemos contar com o apoio do governador Agnelo Queiroz.