01/02/2015 às 13:13

Educação vai contratar professores temporários

Reforma das escolas da rede pública também é prioridade para receber bem os alunos

Por Isaac Marra, da Agência Brasília


. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Atualizado às 19h10


A contratação de professores temporários será discutida com a Procuradoria-Geral do DF nesta segunda-feira (2). A PGDF vai analisar a adoção de mecanismos legais para assegurar as contratações e o início do ano letivo com profissionais em todas as salas de aula. As contratações temporárias têm o objetivo de suprir a carência de servidores efetivos em decorrência de licenças médicas e outros afastamentos. Sobre o pagamento dos benefícios atrasados, relativos a 2014, o governo do Distrito Federal mantém o cronograma já divulgado.


BRASÍLIA (1º/2/2015) — A Secretaria de Educação vai contratar professores temporários para que nenhum aluno fique sem aulas no início do ano letivo, marcado para 23 de fevereiro. Essa é a prioridade da pasta para este início de governo, além de reformas nas escolas da rede pública, que receberão 470.838 alunos.

 

Todas as 657 unidades de ensino demandam algum tratamento: limpeza ou pequenos reparos nas redes elétrica e hidráulica, entre outras ações. Há 180 estabelecimentos em situação crítica, e 320 requerem correção profunda na estrutura física.

 

“Considerando o quadro que encontramos, a prioridade é colocar as escolas em condições mínimas para receber os alunos, tanto no aspecto físico como em relação ao corpo docente e de funcionários”, afirma o secretário de Educação, Júlio Gregório.

 

A contratação de professores temporários busca suprir carência motivada por concessão de licenças-prêmio e médicas, entre outras. “Não temos um banco de concursados para serem imediatamente contratados e zerar esse déficit”, justifica Gregório.

 

A Secretaria de Educação também estuda soluções para quitar a dívida com as empresas responsáveis pela construção de 11 centros de educação da primeira infância e de um centro de educação infantil, prontos desde o ano passado e ainda não entregues por falta de pagamento.

 

A proposta é, em março, colocar essas unidades, cada uma com capacidade para 112 crianças, à disposição da comunidade. Além disso, 23 centros estão em obras e 51 em alguma etapa do processo de licitação.

 

Hoje, 26 centros de educação para a primeira infância, para crianças até 5 anos, e 104 creches conveniadas, que acolhem crianças de até 2 anos, estão em funcionamento. Juntos, os estabelecimentos atendem aproximadamente 14 mil crianças.

 

O empenho para aumentar a oferta do regime integral, hoje existente em 304 estabelecimentos de ensino, com 52.609 alunos atendidos, é outra prioridade da Secretaria de Educação. “É preciso ampliar vivências para que os estudantes saibam lidar com esses conhecimentos e, sobretudo, aplicá-los na sua vida futura, profissional e social”, diz Gregório. A proposta é formar cidadãos que tenham ferramentas para lutar por seus direitos, observar os seus deveres e participar da sociedade de maneira consciente.

 

Redução de índices
Em relação ao ensino médio, a pasta faz estudos sobre o currículo semestralizado, que tem demonstrado menores índices de reprovação e de abandono escolar. Os altos índices de reprovação verificados no ensino fundamental também preocupam, o que acaba prejudicando o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do Distrito Federal.

 

No que diz respeito à educação de jovens e adultos, a secretaria trabalha na adequação de uma proposta curricular mais flexível, que atenda às características do aluno desse nível de ensino. Em geral, são estudantes trabalhadores e que precisam de atendimento diferenciado para vencer mais rapidamente as etapas da vida escolar.