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19/03/2021 às 10:00, atualizado em 19/03/2021 às 14:19
Projeto de ressocialização de pessoas com liberdade restrita ganha apoio da população e ajuda governo a prestar serviços importantes nas RAs
O conceito é simples, mas eficiente e universal. Ou seja, um ajudando o outro. Daí o símbolo do projeto Mãos Dadas, da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), duas mãos se apertando, selando um pacto de colaboração mútua. O objetivo da ação é contribuir com a ressocialização de reeducandos que cumprem pena no Centro de Progressão Penitenciária (CPP).
Ao todo, 70 internos participam do projeto ajudando na manutenção das cidades com serviços essenciais como a limpeza e desentupimento de bocas de lobo e galerias, especialmente antes das chuvas. Só podem ingressar, no projeto, presos do regime semiaberto.
[Olho texto=”“Existe um benefício mútuo. A administração utiliza a mão de obra desses cidadãos que hoje pagam suas dívidas com a sociedade e o governo lhe proporciona sua ressocialização”” assinatura=”Luiz Eduardo Pessoa, administrador do Cruzeiro” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Ao ingressar no projeto Mãos Dadas, o voluntário que se encaixar nos requisitos diminui um dia de pena a cada três de trabalho. A ação já passou por cidades como Candangolândia, Lago Norte e Ceilândia. Na semana passada, parte dos serviços se concentraram na Quadra 6 do Cruzeiro. A iniciativa é elogiada pelas administrações regionais e a pela comunidade, bastante atenta às melhorias vindas dessa colaboração.
Benefício
“Existe um benefício mútuo. A administração utiliza a mão de obra desses cidadãos que hoje pagam suas dívidas com a sociedade, e o governo proporciona sua ressocialização”, observa o administrador do Cruzeiro, Luiz Eduardo Pessoa. “Daí a importância de ter um sistema desse, muito bem pensado pelo governador Ibaneis Rocha”, elogia.
[Olho texto=”“Eles são muito caprichosos, fazem o trabalho bem-feito e rápido, num instante está tudo limpo. Acho excelente essa parceria”” assinatura=”Julieta Ribeiro, 60 anos, moradora do Cruzeiro” esquerda_direita_centro=”direita”]
Atenta aos movimentos dos internos que passaram pela sua quadra no ano passado, a dona de casa Julieta Ribeiro, 60 anos, elogia a ação. “Eles são muito caprichosos, fazem o trabalho bem-feito e rápido, num instante está tudo limpo. Acho excelente essa parceria”, destaca. “Maravilhosa essa ideia de torná-los úteis à sociedade, e o trabalho os ajudam físico e mentalmente, muito melhor do que ficar trancafiado”, diz.
As demandas chegam à Secretaria de Administração Penitenciária via Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Na maioria das vezes, são motivadas por solicitações da comunidade por melhorias na cidade via Sistema de Ouvidoria do Distrito Federal, um dos principais canais de diálogo da sociedade com o governo.
O passo seguinte é fazer análise dos pedidos e distribuir as equipes. “Sempre via Ouvidoria”, reforça o administrador do Cruzeiro, Luiz Pessoa. “Essa é a primeira ação nossa com o pessoal do Mãos Dadas, é um reforço e tanto, é uma parceria muito salutar que temos interesse de continuar, ainda mais nessa época de chuva”, reforça o diretor de Obras da administração do Cruzeiro, Bruno Tiveron.
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Variedade de serviços
Os principais trabalhos feitos pelos internos no projeto Mãos Dadas, além da limpeza das praças e ruas, desentupimento de bocas de lobo e galerias, são calçamento e ajustes dos meios-fios. Ao longo de todo o mês de janeiro deste ano, por exemplo, cerca de 40 homens em regime semiaberto estiveram em Ceilândia e no Lago Norte fazendo limpezas de bocas de lobos, ruas e praças. “Muito importante a presença desses reeducandos na cidade. Já vieram pela segunda vez este ano e fazem um trabalho de limpeza que deixa tudo limpo muito limpo e e mais seguro”, endossa o administrador de Ceilândia, Marcelo Piauí.