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06/04/2021 às 12:17, atualizado em 06/04/2021 às 15:41
Samu recebe, em média, 66 chamadas falsas por dia que atrapalham o atendimento dos bombeiros
[Olho texto=” “O ideal é que não tenhamos nenhum registro de trote nos nossos relatórios porque isso gera demanda reprimida. Enquanto um dos nossos teleatendentes atende uma chamada de trote, existe uma pessoa sem conseguir falar”” assinatura=”diretor do Samu, Victor Arimatea” esquerda_direita_centro=”direita”]
Em um momento delicado de atendimento às vítimas da covid-19, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (Samu-DF) ainda precisa lidar com trotes que recebe diariamente no 192 (Central de Regulação de Urgências). Só em 2021, foram 6.398 ligações consideradas falsas. Uma média de 66 ligações por dia, em um período de 96 dias.
“O ideal é que não tenhamos nenhum registro de trote nos nossos relatórios porque isso gera demanda reprimida. Enquanto um dos nossos teleatendentes atende uma chamada de trote, existe uma pessoa com uma ocorrência verdadeira sem conseguir falar com dos nossos técnicos auxiliares de regulação médica, pois são só sete profissionais realizando esse atendimento inicial”, explica o diretor do Samu, Victor Arimatea.
Segundo dados do Samu, os números anuais de ligações falsas estão em queda, mas ainda prejudicam e muito o fluxo das atividades. No mesmo período de 2019, foram registradas 51.744 trotes e, 2020, 26.443. “É o que mais atrapalha o trabalho do Samu porque deslocamos uma equipe para atendimento e, enquanto isso, uma vítima grave de um acidente, tiro, infarto, facada, etc, pode deixar de ser atendido”, explica.
“A gente atribui essa queda à maior conscientização das pessoas, principalmente neste momento de pandemia, em que as equipes de saúde têm sido mais solicitadas e, também, ao projeto Samuzinho, que conscientiza as crianças nas escolas sobre a importância do serviço prestado pelo Samu e de que elas podem ligar no caso de uma necessidade, como um adulto que cuida dela passar mal”, destaca.
[Numeralha titulo_grande=”” texto=”98% das vezes as equipes conseguem identificar um trote e nem chegam a encaminhar a chamada para um médico ou equipe de enfermagem. No entanto, existem trotes feitos com dados verdadeiros e com informações coerentes” esquerda_direita_centro=”direita”]
Arimatea relata que já ocorreram vários casos em que crianças acionaram o serviço e que elas conseguem, muitas vezes, manter maior calma diante de alguém passando mal que um adulto.
Trotes com deslocamentos
O diretor do Samu destaca que em 98% das vezes as equipes conseguem identificar um trote e nem chegam a encaminhar a chamada para um médico ou equipe de enfermagem. No entanto, existem trotes feitos com dados verdadeiros e com informações coerentes.
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O quantitativo de trotes sempre atrapalha nos atendimentos de ocorrências reais, por isso, o objetivo é zerar o número de trotes. Além disso, os deslocamentos priorizam demandas mais graves que possam resultar em óbitos.
* Com informações da Secretaria de Saúde