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18/05/2012 às 13:16
Técnicos da Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) da Adasa vão ter um encontro especial neste sábado (19) com 14 proprietários do Núcleo Rural Ponte Alta do Baixo. A reunião é fruto de uma ação fiscalizatória, realizada no mês passado, e que resultou na notificação de usuários que mantinham captações sem outorga. Neste sábado, os usuários de água vão receber esclarecimentos quanto à maneira correta de construção de canais, organização da comunidade e documentação necessária para a regularização das captações.
Preocupada com as consequências das captações irregulares e do uso indiscriminado da água, a Adasa estabeleceu critérios para a captação de recursos hídricos por diversas fontes. A necessidade de permissão para retirada de água por meio de canais é uma exigência da Resolução 01/2010 da ADASA, que disciplina critérios para requerimento e obtenção de outorga, visando manter os níveis e a qualidade da água.
Canais mal construídos provocam perdas, desperdício, degradação do corpo hídrico, poluição ambiental e erosão. Apesar do Núcleo não ser considerado zona de conflito e ter boa disponibilidade hídrica, a Adasa pretende realizar um trabalho educativo com a comunidade, pois muitos proprietários estão construindo tanques para a prática da piscicultura, atividade que aumentaria demasiadamente o consumo de água na região. Silena Jaime, Reguladora de Serviços da Adasa, explica que a Agência vem buscando, por meio de ações educativas, estabelecer uma proximidade com os usuários de recursos hídricos para despertar a valorização do bem água: “Desenvolvemos trabalhos de educação ambiental hídrica voltados para a implantação de uma gestão social do recurso em conformidade com as normas estabelecidas na Política Nacional de Recursos Hídricos e nas diretrizes traçadas pela Adasa”, afirma.
Os técnicos da Adasa orientam a formação de associações ou outra figura equivalente como maneira eficaz de garantir a gestão consciente dos recursos hídricos e reduzir disputas pela posse da água. A intenção é que a união em torno de um interesse em comum evite conflitos e mobilize os usuários para a necessidade de utilizar a água de forma racional, despertando hábitos de vida sustentáveis na comunidade.