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12/06/2015 às 20:49
Exploração é geralmente incentivada pela família, seja na venda de bala no semáforo, seja pedindo esmolas. Educação foi apontada como alternativa
Os 40 conselhos tutelares de Brasília registraram 236 casos de exploração de trabalho de crianças e jovens de 5 a 17 anos no ano passado. São 32 ocorrências a menos em comparação com 2013. Apesar da queda, o número é preocupante: segundo o Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil do DF, órgão da sociedade civil, na capital do país existem 17 mil menores nessa situação. O assunto foi discutido durante audiência pública no plenário da Câmara Legislativa.
O evento, nesta sexta-feira (12), foi proposto pelo deputado Joe Valle (PDT), presidente da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle da Câmara, e contou com a participação da colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg. Bacharel em assistência social, ela destacou medidas para erradicar essa prática: “É necessário integração entre as políticas públicas para o atendimento das demandas, não apenas das crianças, mas das famílias”.
A audiência ocorreu para celebrar o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil — data instituída pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2002, ao apresentar o primeiro relatório global sobre o tema. Também participaram da solenidade o subsecretário de Educação Básica, Gilmar de Souza Ribeiro; a subsecretária de Assistência Social, Olga Jacobina; a procuradora de Trabalho do Distrito Federal, Ana Cláudia Monteiro; e a deputada Luzia de Paula (PEN); além de representantes da sociedade civil e cem alunos do projeto Observatório da Criança e do Adolescente, da Estrutural.
A secretária de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, Jane Klebia Reis, alerta que a exploração geralmente começa na família: “Trabalhos domésticos e aqueles incentivados pelos pais, como vender produtos em semáforos ou pedir esmolas, são vistos como uma maneira de educar e gerar renda, e isso é um perigo”.
Evasão escolar
Convidado a compor a mesa durante a audiência pública, Mateus Sousa de Jesus, de 13 anos, enfatizou que é obrigação de toda a sociedade ficar alerta para impedir o trabalho infantil. “Eu represento várias pessoas da minha idade que têm a obrigação de estudar, brincar e buscar um futuro melhor”, reforça. Para Willian Carvalho, 15, apenas três coisas podem prevenir a exploração: “Saúde, cultura e educação”, enumera.
Estatística da Organização das Nações Unidas (ONU) revela que o Brasil é o terceiro em taxa de evasão escolar entre os cem países com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “A educação tem quer ser referência na vida dessas crianças”, afirma o subsecretário Gilmar de Souza Ribeiro.
A secretária Jane Klebia recomenda informar diretamente aos conselhos tutelares em caso de constatação de trabalho infantil. Além das 40 unidades espalhadas pelo DF e do Disque 100, o governo de Brasília possui um canal para atender denúncias (61-3234-8555). Faz parte da Coordenação de Denúncias de Violação dos Direitos da Criança e do Adolescente e funciona 24 horas, inclusive nos feriados e nos fins de semana.
Para denunciar trabalho infantil
Disque 100
Coordenação de Denúncias de Violação dos Direitos da Criança e do Adolescente: (61) 3234-8555