30/06/2015 às 20:04

Vazio sanitário da soja começa nesta quarta

Período em que produtores zeram o plantio é obrigatório para diminuir ocorrências de ferrugem asiática

Por Da Agência Brasília, com informações da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural

Começa nesta quarta-feira (1º) e vai até 30 de setembro o período do vazio sanitário da soja no Distrito Federal. Nesse intervalo de tempo, não é permitida a cultura de plantas vivas, voluntárias ou cultivadas, evitando, assim, doenças e pragas nas lavouras. A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural está preparada para fazer cumprir no campo as exigências. O produtor infrator poderá ser penalizado e ainda comprometer a sanidade e a produtividade da cultura na próxima safra.

O principal objetivo do vazio sanitário é controlar o fungo da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi). Neste ano, o sojicultor tem outros dois inimigos: a mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B) e a lagarta falsa medideira, que também têm provocado perdas nas lavouras.

A ferrugem é uma praga específica da soja. Já a mosca-branca e a lagarta atacam também as culturas de grande importância econômica como algodão, tomate e milho. Para eliminar os restos de plantação, o agricultor pode optar pela destruição mecânica ou química.

Os fiscais da Defesa Agropecuária, da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, verificarão as áreas que produziram soja na safra 2012/2013, visando ao cumprimento das medidas legislativas. Quem desrespeitar a legislação poderá receber multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil.

Pragas
O principal dano provocado pela ferrugem é a desfolha precoce, que impede a completa formação dos grãos. A disseminação do fungo é feita, principalmente, pelo vento e sua sobrevivência depende de plantas vivas hospedeiras que podem ser a própria soja ou plantas daninhas. “A fiscalização será para plantas voluntárias de soja. E é muito importante o apoio do produtor, cumprindo a medida ou denunciando infratores. Só assim vamos conseguir reduzir os danos causados pela doença”, esclarece a chefe do Núcleo de Sanidade Vegetal da secretaria, Lara Line Pereira de Souza.