Atualizada em 8 de julho de 2015, às 18h40:
A matéria informava que a 4ª Conferência Distrital de Segurança Alimentar e Nutricional seria de 18 a 22 de julho, mas será de 20 a 22 de julho.
A Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social abre nesta quinta-feira (9) inscrições para quem quiser participar da 4ª Conferência Distrital de Segurança Alimentar e Nutricional, que ocorre de 20 a 22 de julho. Não existem pré-requisitos para ocupar as 200 vagas — acessíveis a qualquer pessoa, seja da população, seja do governo. Para se inscrever é preciso preencher o formulário no site da pasta.
Os contemplados não terão direito a voto, mas a participação é garantida nos debates sobre o tema deste ano — Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar —, o mesmo da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que será de 2 a 6 de novembro, também em Brasília.
“A sociedade civil vai poder ponderar sobre o que tem sido implementado e sobre o planejamento do governo para os próximos anos”, explica a secretária-executiva da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Setorial, Bianca Lazarini. O órgão reúne representantes de 11 secretarias de governo e integra o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, ao qual o DF aderiu em 2011.
O relatório final e a carta política da conferência distrital serão votados pelos cerca de 200 delegados eleitos nas seis pré-conferências que antecederam a etapa distrital. Nela, serão escolhidos os representantes de Brasília no debate nacional, em novembro. Os documentos contêm os principais pontos abordados e serão encaminhados a cada secretaria e ao governo federal.
Participação
Para ilustrar as contribuições a serem apresentadas pela sociedade, a secretária-executiva cita um problema levantado pela comunidade em uma das pré-conferências. Apesar de considerar satisfatória a qualidade da comida servida nos restaurantes comunitários, algumas pessoas relataram ter dificuldades para acessar o serviço devido à insuficiência de linhas de ônibus: “Esse é um exemplo claro de que, das pré-conferências, estão saindo proposições concretas”, destaca Bianca Lazarini.
Cada problema constatado é apresentado às áreas que podem contribuir para a solução. No caso dos refeitórios comunitários, o recurso poderá vir dos órgãos que administram o transporte público em Brasília, mas não somente deles: “Podemos pensar em cozinhas coletivas que atendam a essa parcela que não consegue chegar aos restaurantes”, acrescenta. Embora o DF não conte com tais equipamentos, o orçamento para construí-los deverá ser incluído no Plano Plurianual 2016-2019, por iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social.
A população terá oportunidade de opinar ainda sobre a implementação do Plano Distrital de Segurança Alimentar e Nutricional, instituído em 2013 e que abarca boa parte das iniciativas públicas voltadas ao tema em Brasília, segundo a secretária-executiva: “Essas são políticas intersetoriais, que incluem não só a alimentação escolar, os restaurantes comunitários e os bancos de alimentos, mas também serviços em saúde, agricultura familiar e mecanismos de transferência de renda”.
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