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30/07/2015 às 16:26, atualizado em 12/05/2016 às 18:03
Áreas que têm como base a arte, a cultura e a informação são objetos de estudo da Codeplan
Atualizado em 30 de julho de 2015, às 14h52
Os profissionais que têm a criatividade como principal elemento para a produção de bens e serviços correspondem a 1,5% dos empregados formais de Brasília e somam 22,6 mil pessoas. Entre os setores que fazem parte dessa concepção estão os ligados à produção artística — como música, dança, teatro e ópera —, às expressões ou atividades relacionadas às novas mídias — startups, cinema e televisão —, à produção de conteúdo — jornalismo, por exemplo —, à arquitetura, aos games e à moda. Todos esses modelos de negócios ou gestão integram a economia criativa.
As informações constam em um estudo baseado em dados do Ministério do Trabalho e Emprego, apresentado na manhã desta quinta-feira (30), no auditório da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). O presidente da empresa, Lucio Rennó, afirma que a pesquisa traz um mapeamento com impacto relevante. “Com os números em mãos, poderemos fortalecer o setor e movimentar ainda mais a economia criativa da capital.”
O secretário de Cultura, Guilherme Reis, acredita que a quantidade de profissionais da área cultural que participa desse segmento econômico é muito maior do que o estimado. Isso porque muitos deles trabalham na informalidade ou mesmo fora da área profissional — o estudo leva em consideração apenas os formais. “Somente 0,49% do orçamento vai para a cultura, o que não corresponde à realidade.” Segundo ele, o levantamento pode fazer com que não só o governo, como também a sociedade em geral, valorize mais o setor.
A ideia é que esse e outros trabalhos subsidiem a implementação de políticas públicas voltadas ao tema. “Os moradores de Brasília têm muito potencial de criatividade nas artes e na biodiversidade, mas precisam de mais atenção”, destaca a coordenadora da Unidade de Economia Criativa da Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Teresa Cristina Oliveira. Além disso, a alta qualificação da mão de obra, a renda per capita da população e a forte influência política na capital são ressaltadas pela coordenadora como características fundamentais no desenvolvimento da economia direcionada ao conhecimento.
Dados
A informação e a comunicação foram as atividades que apresentaram maior participação nos empregos do setor criativo da capital. Dados de 2013 do Ministério do Trabalho e Emprego revelam que existem 10.067 empregados formais no ramo, número que representa 40% da mão de obra. Foram registrados 3.917 empregos em rádio e televisão; 2.383 ligados à edição integrada e à impressão; 2.166 em prestação de serviços de informação; 801 ligados a atividades cinematográficas e 800 nas telecomunicações.
As áreas científicas e técnicas aparecem em segundo lugar, com 5.680 empregos, concentrados na publicidade, na pesquisa de mercado e no desenvolvimento científico. Segundo o estudo federal, a forte inclinação do setor justifica-se pela elevada oferta de doutores em Brasília. “Temos várias instituições voltadas a esse segmento, como a Universidade de Brasília e a Fundação Oswaldo Cruz”, exemplifica Teresa Cristina.
Os setores que fazem parte da economia criativa apontados como os mais promissores da capital são o turismo patrimonial, urbanístico, arquitetônico e paisagístico, ecológico e cívico; as artes visuais e performáticas; a mídia; os serviços criativos e de produção de conteúdo; e o os de pesquisa e desenvolvimento.
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