07/08/2015 às 22:01, atualizado em 12/05/2016 às 17:50

Caminhoneiros em protesto receberam R$ 12 milhões neste ano

Governo quitou parte da dívida referente a 2014 com cooperativa e pagou por todos os serviços prestados em 2015

Por Ádamo Araujo e Paula Oliveira, da Agência Brasília


Motoristas reivindicam pagamentos atrasados
Motoristas reivindicam pagamentos atrasados. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Os integrantes da Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas e Passageiros em Geral Ltda. (Coopercam), cujos veículos ocupam parte do estacionamento próximo ao Palácio do Buriti desde terça-feira (4), receberam do governo de Brasília R$ 7.737.962,72 referentes a dívidas de 2014 deixadas pela gestão anterior. Além desse montante, foram pagos R$ 4.640.488,20 por serviços prestados às administrações regionais de janeiro a 11 de março de 2015, totalizando R$ 12.378.450,92. Falta pagar R$ 6.296.191 em dívidas do ano passado — R$ 1.035.358,96 da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e R$ 5.260.832,26 dos serviços às administrações.

Com relação ao contrato finalizado com a Novacap, havia, no início do ano, débito de R$ 1.622.277,36. Desses, a estatal já pagou R$ 586.918,40. Quanto ao serviço prestado às administrações regionais com o fornecimento de mão de obra e maquinário, a dívida era de R$ 12.411.876,58 e foram quitados R$ 7.151.044,32.

Serviço normalizado
Os serviços de transporte de entulhos e de caminhões-pipa e a disponibilidade de equipamentos para a administração pública não foram prejudicados com o protesto de caminhoneiros. A Coopercam não tem mais contrato vigente com o governo de Brasília. Desde fevereiro de 2015, 80 veículos da FCB Transportes Logística e Serviços Gerais são responsáveis por atender às demandas da Novacap, depois de a empresa vencer licitação pública. O contrato é de R$ 39 milhões por ano.

Quanto às administrações regionais, o contrato está assinado desde abril de 2015 entre a Secretaria de Gestão Administrativa e Desburocratização e duas empresas — LN Distribuidora e Comércio e WLSP Logística e Construção — após licitação pública em que participaram oito interessados. O serviço custará ao governo R$ 60 milhões por ano, R$ 20 milhões a menos do que em 2014.