27/05/2021 às 21:15, atualizado em 28/05/2021 às 05:13

Live debate coleta de DNA dos parentes de desaparecidos

Material genético poderá ser fornecido na sede da Polícia Civil do Distrito Federal, no Parque da Cidade

Por Agência Brasília * | Edição: Abnor gondim

Parentes de pessoas desaparecidas poderão fornecer material genético para contribuir com campanha lançada nesta semana pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A iniciativa ocorrerá entre 14 e 18 de junho. A proposta é que se crie uma rotina de coleta nesses casos.

No Distrito Federal, o material será colhido na sede da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), no Parque da Cidade. Para explicar o formato da ação e como será o trabalho realizado no Distrito Federal, a Secretaria de Segurança Pública do DF realiza uma live nesta sexta-feira (28), às 16h, por meio do perfil da pasta no Instagram.

[Olho texto=”“Este é um dos objetivos deste encontro virtual: divulgar ao máximo essa campanha tão importante, principalmente para os familiares dessas pessoas que estão desaparecidas”” assinatura=”Delegado Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Durante a transmissão ao vivo, serão abordados temas como a abrangência da campanha no território nacional, que tem como objetivo exclusivo identificar pessoas desaparecidas por intermédio da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), coordenada pelo MJSP.

No DF, a coleta de material genético e os exames de DNA serão realizados no Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da PCDF. Participam da live o diretor do Instituto, o médico perito geneticista forense Samuel Ferreira, e o coordenador-geral de Pesquisa e Inovação do MJSP, João Ambrósio.

Crianças desaparecidas

“O Ministério da Justiça atuará em parceria com as secretarias de segurança dos estados e do DF. Aqui daremos o suporte necessário para que transcorra da melhor forma e que o maior número de pessoas seja alcançado. Este é um dos objetivos deste encontro virtual: divulgar ao máximo, para contribuir com maior capilaridade dessa campanha tão importante para o país e, principalmente, para os familiares dessas pessoas que estão desaparecidas”, avalia o secretário de Segurança Pública do DF, delegado Júlio Danilo. Ele acompanhou o lançamento da campanha, juntamente de outros secretários de segurança estaduais, nessa terça-feira (26), Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, na sede do MJSP.

Para o coordenador-geral da campanha, João Ambrósio, o alcance da live é essencial para que o público tire dúvidas sobre a temática. “Vamos abordar questões técnicas e importantes sobre o procedimento para registro mais eficiente de uma pessoa que desaparece. A busca e localização dessas pessoas é uma questão urgente. Precisamos dar uma resposta às milhares de famílias que vivem esse drama diariamente. Quanto mais pessoas doarem, maior a chance de mudar essa triste realidade”, ressalta.

Perícia

[Olho texto=”“Identificar uma pessoa desaparecida é um dever do Estado e um direito das famílias e das vítimas” ” assinatura=”Samuel Ferreira, diretor do Instituto de Pesquisa de DNA Forense” esquerda_direita_centro=”direita”]

O IPDNA, da PCDF, realiza um trabalho em parceria com as delegacias da instituição em que, após pesquisas sobre as ocorrências de desaparecimento de pessoas no DF, enviam ao Instituto uma lista com a relação de pessoas desaparecidas e os contatos dos familiares dessas pessoas.

“A partir dessa lista, o IPDNA realiza o contato com os familiares para explicar sobre a campanha, o processo de coleta e realizar o agendamento da data e horário da coleta de material genético dos familiares. Identificar uma pessoa desaparecida é um dever do Estado e um direito das famílias e das vítimas. E a identificação é um processo técnico-científico e a perícia oficial tem uma contribuição fundamental nesse projeto”, explica o diretor do IPDNA, Samuel Ferreira.

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O diretor é perito médico-legista e geneticista forense, especialista em identificação humana em vários contextos de desaparecimentos no Brasil e no exterior. Ele já atuou na identificação de vítimas em ocorrências como o desastre aéreo com o voo 1907, em 2006, na Amazônia, que resultou na morte de 154 pessoas; no deslizamento ocorrido na região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, que resultou na morte de 918 pessoas e em Brumadinho, em 2019, com 270 mortos.