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02/06/2021 às 14:30, atualizado em 02/06/2021 às 15:29
‘Acolhe DF’ atenderá mais de 20 mil pessoas em parceria com 12 comunidades terapêuticas
[Olho texto=”Segundo levantamento nacional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), quase 10% da população brasileira já fez uso de drogas pelo menos uma vez na vida” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), lançou, nesta quarta-feira (2), o programa Acolhe DF, visando a um Distrito Federal livre das drogas. Em parceria com o governo federal, o programa atenderá um público de mais de 20 mil pessoas, ao longo do primeiro ano.
Representando o governador Ibaneis Rocha, o vice-governador Paco Britto recebeu, no evento, o ministro da Cidadania, João Roma, no Salão Nobre do Palácio do Buriti. Para o ministro, o Acolhe DF é uma “ação social transformadora de vida e crucial para a sociedade”. Ele também ressaltou o fato de que esse trabalho representa o caminho do empreendedorismo e uma oportunidade de renda e emprego.
Segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), quase 10% da população brasileira já fez uso de drogas pelo menos uma vez na vida. O Brasil, inclusive, como aponta uma pesquisa recente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é o segundo consumidor mundial de cocaína e derivados, atrás apenas dos Estados Unidos.
“As drogas são um grave problema social. Esses dados assustam e levam o nosso governo a criar políticas públicas”, disse Paco Britto. “Não podemos fechar os olhos. O governo Ibaneis Rocha tem mantido os olhos bem abertos nessa questão. Sozinhos não somos nada. Temos nosso maestro, o governador Ibaneis Rocha, que dá o tom, como uma orquestra. Este acolhimento é para fazer o bem”, concluiu.
O programa Acolhe DF atuará nos três eixos da política de enfrentamento às drogas – prevenção, acolhimento e tratamento –, além da reinserção social dos recuperados e na codependência que acomete as famílias do Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride).
Comunidades terapêuticas
A Sejus tem parceria com 12 comunidades terapêuticas que oferecem, ao todo, 330 vagas por mês.
Márcio Afonso, 39 anos, está há nove meses se tratando na comunidade terapêutica Deus Proverá. O paciente tem, na família e na vontade de voltar para casa, a força de que precisa para ficar livre das drogas. “Busco a ressocialização e a reintegração a mim mesmo, pois me encontro perdido, fazendo uso das drogas ilícitas. Fundamental essa ajuda aqui [na comunidade]. Sozinho não é possível”, esclareceu.
[Olho texto=”“Damos as mãos em interesses comuns. São vidas. São cidadãos do DF”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”]
O fortalecimento de vínculos familiares, além de compor políticas e diretrizes de serviços públicos, é também uma das medidas cabíveis para o alcance de objetivos relacionados à prevenção do uso e abuso de álcool, tabaco e outras drogas, tratamento e acolhimento, reinserção socioeconômica e codependência.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, falou sobre o trabalho “duro e persistente”, sob os pilares da responsabilidade e da respeitabilidade, cuja ação será um legado do governo para a população de Brasília. “Damos as mãos em interesses comuns. São vidas. São cidadãos do DF. E esse legado da gestão tem custo zero, pois todo processo será feito pelos servidores da Secretaria de Justiça e Cidadania”, pontuou.
O coordenador da comunidade terapêutica Recanto Mercê, Frei Rogério Soares, explica que a população em situação de rua tem várias faces e é bastante complexa. “Ela [pessoa em situação de rua] precisa de um atendimento e um olhar diferenciado e de uma equipe que tenha sensibilidade. Esse programa tem esse olhar e essa capacidade”, elogiou.
Participaram também da cerimônia de lançamento os secretários Gustavo Rocha (Casa Civil) e Júlio Danilo Souza (Segurança Pública), o deputado federal Júlio César Ribeiro, e o presidente do Instituto Barba na Rua, Rogério Barba, além de representantes das comunidades terapêuticas e da sociedade civil.
Mais sobre o programa
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Com o atendimento aos dependentes químicos, seus familiares e as ações de prevenção no ambiente educacional, o programa oferecerá serviços de palestras, seminários e demais atividades destinadas à redução dos fatores de vulnerabilidade e risco para a promoção e fortalecimento dos fatores de proteção.
Também atuará no encaminhamento do dependente químico que busca acolhimento em comunidade terapêutica, com auxílio na reinserção social do adicto em fase final de tratamento.
Em abril deste ano, o GDF também firmou um Acordo de Cooperação com a Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, do Ministério da Cidadania. O intuito é o acompanhamento da execução, monitoramento e fiscalização das comunidades terapêuticas parceiras da União, que totalizam 850 vagas por mês.