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12/10/2015 às 11:46
Em um mês, 77 veículos foram resgatados por meio de dispositivo que funciona como um banco de dados. Polícia Militar de Brasília é a primeira a utilizar a tecnologia
Desde que a Policia Militar do Distrito Federal começou a usar o aplicativo Bike Registrada — para localizar bicicletas roubadas ou furtadas —, 77 delas foram recuperadas, de acordo com a empresa que criou a tecnologia. O uso, oficializado pela corporação militar no início de setembro, ajudou a identificar os donos dos objetos. Qualquer cidadão também pode adotar a prática.
No aplicativo, instalado gratuitamente em celulares iPhone ou Android, o ciclista faz um cadastro com o nome, o telefone, o e-mail e o número de série no quadro (equivalente ao chassi de um carro). Quando o veículo é furtado ou roubado, a vítima altera o status para roubado. Ao deparar com uma bicicleta suspeita, a polícia pode inserir o código no Bike Registrada e identificar o dono cadastrado e a situação do objeto. Ainda há a opção de ligar ou mandar mensagem ao proprietário.
Criado em 2013, o equipamento funciona em todo o Brasil, mas a polícia de Brasília foi a primeira a utilizar a tecnologia. Desde o início do aplicativo, 107 veículos voltaram às mãos dos donos no Distrito Federal.
Checagem rápida
O porta-voz da PM, capitão Michello Bueno, explica que o aparelho acelerou o processo para detectar se a peça é roubada: “Antigamente, a gente abordava a pessoa e tinha que levar o objeto para a delegacia se fosse suspeito. Hoje, em dois minutos, é possível verificar a origem do material”.
O equipamento também é usado por comerciantes, que podem consultar se o veículo é ilegal ao digitar o número do quadro. Proprietário de uma loja especializada, Paulo dos Santos diz que é útil para os casos de trocas ou compras de veículos usados. Ele tem usado o aplicativo desde a criação e confirma que há mais segurança nas vendas. “O roubo de bicicleta atrapalha muito o comércio. Clientes deixam de comprar as mais caras por medo.”
Um dos fundadores da tecnologia, Rubem Vasconcelos informa que, desde que a polícia começou a adotar o aplicativo, houve aumento de 70% na recuperação de bicicletas. O idealizador também explica que, após Brasília dar o primeiro passo, outras PMs no País começaram a divulgar o uso. Vasconcelos acrescenta que outra vantagem é inibir a ação do ladrão.
Para adquirir o dispositivo, o ciclista deve fazer uma conta gratuita no site, com o e-mail ou perfil de umas das redes sociais aceitas na plataforma. O cadastro é gratuito, e a identificação ocorre pelo número do quadro da bicicleta.
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