Começa a 15ª Conferência Nacional de Saúde

Com estimativa de 4.322 participantes, entre usuários, profissionais e gestores da saúde pública brasileira, teve início na noite desta terça-feira (1º) a 15ª Conferência Nacional de Saúde. Neste ano, o tema será Saúde Pública de Qualidade para Cuidar Bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro, dividido em oito eixos, todos relacionados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A cerimônia de abertura ocorreu no Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O evento segue até sexta-feira (4).

Na solenidade, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que o SUS é um dos maiores avanços do Brasil em questão de políticas públicas. Disse ainda que se deve investir em formação profissional mesmo com o momento financeiro que o País atravessa. “A crise não deve ser motivo para deixar de lado a saúde.” Entre ações a serem incentivadas pelo governo, citou o programa Mais Médicos e o Mais Especialidades.

União
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, ressaltou a importância de garantir financiamento à saúde e a necessidade da união dos chefes dos Executivos locais para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde. “Mesmo com pensamentos e partidos divergentes, todos têm de se unir para avançar em defesa do SUS.”

Para o secretário de Saúde do Distrito Federal, Fábio Gondim, a saúde financeira do sistema deve ser uma das prioridades do debate. Assim como Rollemberg, o titular da pasta considera fundamental a integração das unidades federativas. “Como se pode ter um sistema de saúde em rede se ela não conversa?”, ponderou. “A conferência é necessária para haver essa troca de informações, de soluções e de problemas para que a rede funcione em todo o Brasil.”

Também estiveram na abertura o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, a presidente do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro de Souza, o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Mauro Junqueira, entre outras autoridades.

Eixos
Os oito eixos temáticos (todos relacionados ao SUS) são: Direito à Saúde, Garantia de Acesso e Atenção de Qualidade; Participação e Controle Social; Valorização do Trabalho e da Educação em Saúde; Financiamento do SUS e Relacionamento Público-Não Privado; Gestão do SUS e Modelos de Atenção à Saúde; Informação, Educação e Política de Comunicação do SUS; Ciência, Tecnologia e Inovação no SUS; e Reformas Democráticas e Populares do Estado.

A conferência é preparada ao longo de quatro anos, em três etapas: municipal, estadual e livre. Nesse período, segundo o Ministério da Saúde, 1 milhão de pessoas mobilizaram-se para contribuir com propostas a serem levadas para o encontro, que conta com 3.248 delegados eleitos, 976 convidados e 28 grupos de trabalho. Além disso, 98 vagas foram oferecidas pelo Conselho Nacional de Saúde para participação do público em geral.

Acesse a programação.

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