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11/12/2015 às 22:45
Manifestantes foram retirados do local na quinta-feira (10), mas retornaram nesta sexta (11). Antes, estavam na Vila Planalto
Por três dias consecutivos nesta semana, o governo de Brasília desmontou acampamentos de manifestantes na região central da cidade. As ações, coordenadas pela Subchefia da Ordem Pública e Social, da Casa Militar, tiveram o objetivo de retirar de área pública integrantes do grupo que tinha ficado na Esplanada dos Ministérios até 21 de novembro, liberada nesse dia com uma grande operação.
Até quarta-feira (9), cerca de 25 pessoas estavam estabelecidas na Vila Planalto, à beira da Via L4 Norte. Depois, mudaram-se para as imediações da Catedral Rainha da Paz, no Eixo Monumental, onde na quinta-feira (10) também não tiveram permissão para ficar. Nesta sexta-feira (11), o grupo havia voltado para a mesma área, na altura do Setor Militar Urbano, mas novamente o governo teve de agir para desfazer o acampamento.
“O que estamos fazendo e continuaremos fazendo enquanto for necessário é devolver o espaço público aos cidadãos de Brasília”, explica o subchefe da Ordem Pública e Social, coronel da Polícia Militar Cláudio Fernando Condi. “É necessária a autorização do poder público, no caso a Administração Regional do Plano Piloto, para montar acampamentos na área central de Brasilia, e esse grupo não tem esse documento”, esclarece.
Ação preventiva
No momento, as medidas têm caráter administrativo, e não criminal, afirma o coronel Condi. “Alguns atos de incivilidade podem caminhar para ações ilegais em caso de confrontos com grupos de ideologias contrárias, como lesão corporal ou até agressões mais graves.” Não houve confronto nas três desocupações desta semana. “Estamos agindo de forma preventiva.”
Outro objetivo das ações é evitar que as áreas na zona central de Brasília, tombada pela Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] como Patrimônio Cultural da Humanidade, fiquem degradadas pelos acampamentos. Nas desocupações desta semana, foram desmontadas 22 barracas, além de apreendidos materiais como lona, madeira, caixas de isopor, colchões e colchonetes.
Participaram das retiradas três agentes da Subchefia da Ordem Pública e Social, 30 da Polícia Militar, três da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), dois funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), um da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) e oito do Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
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