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03/06/2012 às 18:30
Equipe do Uniceub/BRB/Brasília percorreu o Parque da Cidade e o Eixo Monumental com a taça do NBB na manhã deste domingo
“Olha o Alex!”. “Mãe, vou tirar foto com o Guilherme!”. Empolgado, Vinícius Ramos, de 8 anos, observou o assédio em torno de seus ídolos e constatou: “Vai ser difícil, hein?”. O estudante não era o único a disputar a atenção dos jogadores do Uniceub/BRB/Brasília na manhã de hoje (3), durante a concentração da carreata pelo tricampeonato da equipe no Novo Basquete Brasil (NBB).
Em sua quarta decisão consecutiva no nacional, o Brasília venceu por 78 a 62 os donos da casa, São José/Unimed/Vinac, neste sábado (2), em São Paulo. Entre autógrafos e fotos, o ala/pivô do time brasiliense, Guilherme Giovannoni, afirmou que a performance do grupo em Mogi das Cruzes foi a melhor da temporada 2011/2012.
“Esse foi nosso melhor jogo. Não nos intimidamos e trouxemos o troféu para Brasília”, destacou. Em relação ao título de melhor jogador da final, Giovannoni foi modesto. “Queria apenas ganhar o jogo. Ter sido o melhor jogador foi um extra, mas nada me deixou mais feliz do que a medalha de ouro”, disse o ala/pivô, que marcou 26 pontos na partida.
Próximo dali, o capitão Alex Garcia distribuía sorrisos e retribuía o carinho dos fãs. Exibindo medalhas no pescoço, o ala falou do entrosamento conquistado pelo Brasília, único time sem jogador estrangeiro na competição. “A maioria dos times de basquete traz jogadores de fora do país, e eles não têm esse vínculo com a equipe. Jogamos juntos há mais de dez anos, somos vencedores”, defendeu. Para Alex, a concentração de todos foi fundamental para a vitória fora de casa. “A maior parte da torcida era contra, mas fizemos o que sabemos e fomos ensinados”, ressaltou.
Apesar de estarem em menor número, os torcedores da equipe brasiliense não deixaram a desejar. Mesmo com o cansaço de 15 horas de viagem para ir e voltar de Mogi das Cruzes, vários integrantes da torcida organizada Unidos pelo Brasília (UNI) esperavam pelo início da carreata no estacionamento da Associação dos Empregados da Companhia Energética de Brasília (ASCEB). “Estou exausto, mas sem dúvida vale a pena”, garantiu o técnico de basquete, Paulo Affonso Filho, de 27 anos.
Pelo menos 120 pessoas da torcida acompanharam a decisão. Segundo o presidente da UNI, Marcelo Laitano, o Ginásio Municipal Professor Hugo Ramos ficou pequeno para tanta emoção. “Ficamos um pouco preocupados com o tamanho da torcida do São José, mas, com a vantagem do Brasília, gritamos mais do que eles. Não deu nem tempo de nos preocupar com o placar, só conseguíamos vibrar e comemorar”, contou o produtor financeiro, de 26 anos. A UNI existe desde 2006, quando contava com apenas 7 integrantes. Hoje, cerca de 300 torcedores seguem o time.
Carreata – De cima do caminhão do Corpo de Bombeiros do DF, os jogadores do Brasília acenaram para as pessoas e exibiram a taça conquistada em São Paulo. Partindo da ASCEB, na 904 Sul, a carreata passou pelo Parque da Cidade e seguiu para o Eixo Monumental, sentido Esplanada.
O percurso incluía a volta completa, passando pelos Ministérios e pelo Congresso Nacional. Os veículos retornaram ao clube da CEB no início da tarde pelo Eixo Monumental, subindo até a altura do Parque.
O secretário de Esporte do DF, Célio René, participou de todo o evento. Segundo ele, o momento vivido pelo basquete de Brasília é um marco para o esporte na capital. “Nenhuma equipe havia conseguido ser tão vencedora. Com essa ascensão, os brasilienses estão se identificando cada vez mais com o basquete”, destacou o secretário.