25/07/2021 às 17:17, atualizado em 25/07/2021 às 23:01

Homenagem ao protagonismo das mulheres negras

Sejus promove ação de conscientização, nesta segunda-feira (26), sobre temas como racismo e direitos humanos, entre outros

Por Agência Brasília* | Edição: Freddy Charlson

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) elaborou uma programação em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana, Caribenha e da Diáspora, comemorado neste domingo (25), por meio da Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial (Subdhir). O evento ocorre nesta segunda-feira (26) e tem o objetivo de conscientizar a população do Distrito Federal sobre as dificuldades e conquistas da mulher negra.

[Olho texto=”“O reconhecimento desta data é fundamental para marcar o protagonismo das mulheres negras na formação social, cultural e política do Brasil”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Na própria segunda (26), haverá uma webconferência, às 10h, com o tema Racismo Estrutural e Saúde da Mulher Negra em alusão ao Dia 25 de Julho – Dia da Mulher Negra Afro-Latino-Americana, Caribenha e da Diáspora e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A atividade será promovida com apoio da Escola de Aperfeiçoamento do SUS (Eapsus), Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), em parceria com a Gerência de Populações Vulneráveis e Programas Especiais (GASPVP/SES/DF), Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial (Subdhir), além do Núcleo de Estudos da Diversidade Sexual e de Gênero (Nedig/UnB) e Ilê Axé Oyá Bagan.

O encontro será no canal da Eapsus no Youtube.

Sobre o Dia 25 de Julho

A data do dia 25 de julho foi instituída em 1992 quando, em Santo Domingo, na República Dominicana, foi criada a Rede de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas. “O reconhecimento desta data é fundamental para marcar o protagonismo das mulheres negras na formação social, cultural e política do Brasil”, destaca a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

[Olho texto=”A Sejus reforça a importância do Dia 25 de Julho como forma de celebrar conquistas, denunciar violência e seguir na busca por acesso a direitos fundamentais” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

Para o subsecretário de Políticas de Diretos Humanos e de Igualdade Racial, Diego Moreno de Assis e Santos, esta data contribui para a visibilidade da luta das mulheres negras que vivem na América Latina e Caribe, muitas destas marcadas por violências e as mais cruéis formas de discriminação.

A Sejus reforça a importância do Dia 25 de Julho como forma de celebrar conquistas, denunciar violência e seguir na busca por acesso a direitos fundamentais. Sendo, também, um momento de reflexão não só das mulheres negras no Brasil, mas voltando o olhar aos países que foram colonizados e tem efeitos tão presentes destes indicadores.

Rainha Tereza

Em âmbito nacional, a data faz alusão ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, instituída por meio da Lei nº 12.987/2014. Rainha Tereza viveu no século 18 no Vale do Guaporé- MT e liderou o Quilombo de Quariterê, após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados, comandando a estrutura política, econômica e administrativa da comunidade. Registros históricos apontam que ela comandou uma comunidade de três mil pessoas, unindo negros, brancos e indígenas para defender o território onde viviam, resistindo bravamente à escravidão por mais de 20 anos.

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Dados

De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no Brasil, mulheres negras estão mais suscetíveis ao desemprego. Quando verificados os marcadores de gênero e raça na violência, houve redução de 8,4% entre 2017 e 2018. No entanto, a situação melhorou apenas para mulheres não negras. Assim, verificou-se que no período enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras caiu 11,7%, a taxa entre as mulheres negras aumentou 12,4%.

Em 2018, 68% das mulheres assassinadas no Brasil eram negras. Enquanto entre as mulheres não negras a taxa de mortalidade por homicídios no último ano foi de 2,8 por 100 mil, entre as negras a taxa chegou a 5,2 por 100 mil, praticamente o dobro.

Segundo as estatísticas, as mulheres negras, indígenas e de comunidades tradicionais apresentam percentuais maiores do que mulheres não negras com a falta de acesso ao pré-natal, seguido dos alarmantes casos de violências obstétricas.

Programação:

Data: 26/7

Horário: 10h

Expositoras:
– Jaqueline Fernandes: Importância do dia 25.7: Desafios e Conquistas da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha;
– Damiana Neto: Saúde da Mulher Negra;
– Maria Eduarda (Madu): A luta das mulheres negras trans por igualdade, direitos e voz na política de saúde

– Adna Santos (Mãe Baiana): A importância dos Saberes Tracionais e o Sagrado para Mulher Negra.

O encontro será no canal da Eapsus no Youtube.

 

*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania