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04/08/2021 às 17:14, atualizado em 04/08/2021 às 17:19
Mais de 460 mil estudantes da rede pública precisam adotar uma rotina diferente, que inclui uso de máscara facial e higienização constante das mãos
[Olho texto=”“Ninguém vai ficar sem máscara. Se o aluno não tiver, a escola tem para doar”” assinatura=”coordenador da Regional de Ensino da cidade, Leandro Freire Lima” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Com o retorno das aulas presenciais na rede pública de ensino do DF, os alunos deverão cumprir uma série de medidas de proteção contra a transmissão da covid-19. Na nova rotina, os estudantes precisarão adotar hábitos diferentes de higiene pessoal, o que inclui o uso de máscara facial e a higienização constante das mãos. Assim, é necessário repensar o que levar na mochila.
Um guia com sugestões elaborado pela Secretaria de Educação, com orientações da Secretaria de Saúde traz a recomendação para que alunos, servidores e visitantes utilizem máscaras, que precisam ser preservadas limpas e secas. Dessa forma, surge o primeiro item novo que deve ser colocado na mochila: máscaras extras para serem trocadas durante as quatro horas do turno escolar. Cada diretor tem autonomia para orientar os alunos a cumprir os cuidados recomendados. Por isso, não há uma regra única estabelecida para todas as 686 escolas do DF.
Em Brazlândia, os estudantes serão orientados a não passar mais de duas horas com a mesma máscara e a trocar o equipamento de proteção pelo menos uma vez. No Recanto das Emas, os pais serão aconselhados a incluir na mochila do aluno pelo menos mais duas máscaras sobressalentes, além da que devem estar usando quando chegarem para a aula presencial. “Ninguém vai ficar sem máscara. Se o aluno não tiver, a escola tem para doar”, afirma o coordenador da regional de ensino da cidade, Leandro Freire Lima. Segundo ele, a regional tem 53 mil máscaras a mais – algumas de tecido, confeccionadas pela Fábrica Social, e outras, descartáveis, para doar aos 28 mil alunos matriculados nas 29 escolas da região.
Álcool gel
O álcool gel também se tornou item obrigatório em época de pandemia do coronavírus. O protocolo para a volta às aulas diz que os professores devem incentivar a higienização constante das mãos dos estudantes, especialmente após o contato com maçanetas, corrimãos, interruptores ou similares, ou após utilizar o banheiro e antes das refeições.
Em Brazlândia, todas as escolas têm lavatórios recém-construídos perto da entrada da unidade, onde o aluno deverá lavar as mãos na chegada. “Sem lavar, ele não entra”, ressalta o coordenador da regional de ensino local, Humberto José Lopes. Além disso, a Secretaria de Educação adquiriu totens de álcool gel que ficarão em pontos estratégicos. Os dispensers ficarão espalhados pela escola, e cada professor terá em mãos um recipiente com o produto, que poderá ser usado pelos alunos.
No Recanto das Emas, as escolas também têm álcool gel, lavatórios e sabão suficientes para a higienização das mãos durante as aulas. Assim, os alunos não precisam levar frascos de álcool gel de casa, só se quiserem. Eles também serão orientados a tomar cuidado com o material escolar. “Vamos pedir que os estudantes higienizem lápis, cadernos e estojo diariamente quando chegarem em casa. Podemos ceder o álcool para os alunos que não tiverem”, explica Leandro Lima.
Não deverão ser compartilhados objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, nem os de uso pedagógico, como caneta, lápis, borracha, régua, caderno, brinquedos ou jogos.
Outros cuidados
Uma rotina de protocolos também deve ser adotada em relação à mochila e ao uniforme. O ideal é que o traje seja trocado diariamente e a mochila, constantemente higienizada. O coordenador regional de ensino de Brazlândia lembra que os professores estão atentos às medidas que devem ser cumpridas nas escolas, mas precisam da ajuda dos pais para mandar máscaras extras na mochila e conscientizar os estudantes das outras atitudes necessárias para evitar a covid-19, como o distanciamento social.
“Estamos aproveitando a semana pedagógica para repassar os protocolos com todos os servidores. Os professores estarão sempre prontos para alertar as crianças dos protocolos recomendados, mas também precisamos que eles também recebam orientações em casa”, afirma Humberto.
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A volta às aulas presenciais será escalonada e começa pelos alunos da educação infantil. Cerca de 25 mil crianças, metade dos 49.392 estudantes matriculados no primeiro e no segundo período da educação infantil (pré-escola), voltarão para a escola nesta quinta-feira (5). Até o dia 30, voltam todos os 235 mil – metade dos 452 mil estudantes matriculados na rede pública.
De acordo com a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, o retorno gradual às salas de aula permite que a Secretaria de Educação faça um monitoramento que garanta a segurança da comunidade escolar do DF. “Vamos trabalhar escola por escola, por isso o escalonamento. Nós começamos com a educação infantil para sentir onde serão os gargalos, quais as dificuldades. Colocar 235 mil meninos num único dia nas ruas de Brasília não seria uma coisa muito boa. A gente teve esse cuidado para evitar problemas de fila grande na porta das escolas, para verificar a temperatura corporal”, detalha.