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31/03/2016 às 02:54
Na primeira edição de 2016 do Voz Ativa, também se discutiu a situação de pessoas que vivem nas ruas
Atualizado em 31 de março de 2016, às 13h18
Cerca de 300 moradores de Taguatinga, segundo o Corpo de Bombeiros, estiveram na noite desta quarta-feira (30) no ginásio de esportes do Taguaparque para participar do Voz Ativa da Segurança Pública. O primeiro encontro do ano entre representantes do governo de Brasília e da população sobre o tema teve como foco discutir a situação de pessoas que vivem nas ruas. No ano passado, houve quatro edições, com diferentes temáticas: em Ceilândia, na Estrutural, em Planaltina e em Santa Maria. A iniciativa faz parte do Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida, programa de combate e prevenção à criminalidade.
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e secretários de Estado ouviram relatos como o do ex-morador de rua Carlos Alberto de Oliveira, de 41 anos, que trabalha com serviços gerais. Ele reclamou da abordagem feita pela Polícia Militar a pessoas que não têm moradia, que chamou de truculenta, e da ausência de viaturas nas vias. “Não somos assaltantes ou traficantes, merecemos respeito”, disse. Do representante do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) Alisson Prata, de 24 anos, os representantes do Executivo escutaram que a solução para os moradores de rua não é a higienização ou o uso da força. “Muitos não querem sair das ruas, mas querem ficar lá com dignidade.”
Ampliação do atendimento
Durante uma hora e meia, 12 inscritos (de 22) foram sorteados para ter a palavra. Foram abordadas questões como atenção especial ao idoso, às crianças, aos gays e às lésbicas. O técnico de enfermagem Alberto Dias, de 33 anos, pediu mais atenção às chamadas para pedido de policiamento. O governador respondeu que estão sendo implementadas melhorias no atendimento, como reforço na capacitação de atendentes da Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade). Além disso, Rollemberg falou sobre a grande quantidade de aposentadorias na PM (cerca de 700 neste ano).
Representante da Casa Santo André, a advogada Fabiana Ferreira de Moraes, de 27 anos, pediu, entre outras coisas, ampliação do atendimento noturno das pessoas que vivem nas ruas. O governador disse que quer conhecer pessoalmente as unidades da instituição que conta com a parceria do governo para acolher esse público. “Gostaria de ser mais presente na rua, mas acabo ficando preso no gabinete. A Casa Santo André é um exemplo de como a parceria do governo com a sociedade civil é importante e eficaz”, destacou. E acrescentou que Brasília está com a capacidade financeira reduzida porque gasta mais de 80% com pagamento a servidores. “Temos de equilibrar o orçamento para equilibrar as questões sociais, e esse está sendo o nosso esforço.”
Locais de acolhida
Taguatinga abriga um dos dois centros de referência especializado para população em situação de rua, com capacidade para receber cerca de cem pessoas por dia. No local, são oferecidos guarda-pertences, higiene pessoal, lavagem de roupas e lanche. Além disso, os cidadãos sem moradia que procuram espontaneamente um dos centros têm acesso a educadores, a assistentes sociais e a psicólogos para ajudá-los a construir novos projetos de vida. O outro centro, no Plano Piloto, pode atender de 150 a 180 pessoas por dia.
Além dos Centros Pop, como são chamados esses locais, o governo tem outras três formas de acolhimento da população de rua. Uma delas é a parceria com a Casa Santo André e foi batizada de Projeto Cidade Acolhedora. Quinze equipes, com quatro integrantes cada uma, percorrem as ruas de Brasília para dar orientações e encaminhar as pessoas a outros locais de atendimento. O projeto engloba atividades educativas com o objetivo de contribuir para o processo de saída das ruas.
A população em questão também pode procurar um dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e ser direcionada a uma das seis unidades de acolhimento no DF para passar a noite abrigada. Segundo a secretária da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar Araújo, há 7 mil pessoas morando nas ruas de Brasília. “Não podemos fazer de conta que não as vemos. Devemos reconhecê-las como alguém que precisa ser resgatado e integrado na sociedade.”
Índices de criminalidade
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, os crimes violentos letais intencionais em Taguatinga tiveram redução de 7,1% de 2014 para 2015. Já os homicídios foram três a mais (35) em 2015 em relação a 2014 (32). No mesmo período, o número de latrocínios caiu de nove para quatro. Lesão corporal seguida de morte, crimes contra o patrimônio, roubos a residência, a comércio e de veículo, além de assalto a pedestre, também diminuíram entre os dois anos. O único crime que fechou 2015 em alta foi o roubo a transporte coletivo, que saiu de 70 registros em 2014 para 108.
Também participaram do Voz Ativa o secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Joe Valle; o administrador regional de Taguatinga, Ricardo Lustosa Jacobina; os comandantes-gerais da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, e do Corpo de Bombeiros, coronel Hamilton Santos Esteves Junior; o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba; o controlador-geral do DF, Henrique Ziller; a chefe de Comunicação Institucional e Interação Social, Vera Canfran; e a deputada distrital Luzia de Paula (PSB), entre outras autoridades. Compareceram ainda o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Taguatinga, José Paulo Santos, o coordenador de Ações Sociais da revista Traços, Alexandre Rangel, e a representante regional do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Antônia Cardoso.
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