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07/09/2021 às 11:38, atualizado em 08/09/2021 às 09:53
Agrônoma da Emater-DF explica peculiaridades dessa cultura, que é a estrela principal de evento em Brazlândia até o próximo fim de semana
A estrela da Feira do Morango de Brasília, que prossegue no próximo fim de de semana seguinte (10, 11 e 12), em Brazlândia, é uma das frutas mais curiosas da região. A primeira curiosidade, aliás, diz respeito justamente ao termo “fruta”, já que, de acordo com a classificação botânica, morango é uma hortaliça, assim como a alface. E o morangueiro é uma planta da família das rosáceas, a mesma das roseiras.
[Olho texto=”“Por classificação, chamamos essa parte (o morango) de pseudofruto, algo como falso fruto”” assinatura=”Adriana Nascimento, engenheira-agrônoma e coordenadora de Olericultura da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Então, é errado chamar morango de fruta? Sim e não. Popularmente falando, está correto, porque se convencionou chamar de fruta partes comestíveis e geralmente doces das plantas. Porém, cientificamente, esse conceito é um pouco mais complexo.
O que diz a ciência
Fruto é um termo científico para designar o resultado do desenvolvimento do ovário de uma flor, após o processo de fecundação, onde se geram as sementes. A parte macia e saborosa, a polpa do morango, que concentra todo seu açúcar e que chamamos de fruta, é, na verdade, o desenvolvimento de uma parte da flor.
“Por classificação, chamamos essa parte de pseudofruto, algo como falso fruto”, explica a engenheira-agrônoma coordenadora de Olericultura da Emater-DF, Adriana Nascimento.
Qual a fruta do morangueiro, então? São pequeninas partes que contêm uma única semente, aqueles pontos amarelinhos ou pretinhos que vemos do lado de fora dos morangos.
O morangueiro comum pertence ao gênero Fragaria e é o resultado de um híbrido produzido no século 18, na França, entre a Fragaria chiloensis e a Fragaria virginiana, por vezes chamado Fragaria x ananassa. Porém, existem várias opções para o cultivo de morangos comestíveis, como o morango do Chile (Fragaria chiloensis) e o morango silvestre (Fragaria vesca).
[Numeralha titulo_grande=”226 ” texto=”produtores cultivam morango no DF, entre cultura convencional e orgânica” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
No Distrito Federal, são produzidos 11 cultivares, que se diferenciam pela época em que são plantadas, tamanho de frutos, ciclos, maturação, entre outras características.
Tradição no DF
A cultura do morango foi introduzida no DF na década de 1970 por agricultores japoneses oriundos da região de Atibaia (SP), assentados pelo Incra, no Projeto Integrado de Colonização Alexandre de Gusmão (Picag), região administrativa de Brazlândia. O cultivo começou em pequenas áreas e com baixo nível tecnológico.
Como a demanda pelo produto aumentou, cresceu também a necessidade de se buscar alternativas para aumentar a produção. Técnicos da Emater-DF reconheceram o potencial econômico da cultura para a região e difundiram inovações tecnológicas, introduzindo também novas cultivares, o que possibilitou um salto de produção e qualidade no início da década de 1990.
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O DF reúne condições ambientais favoráveis à produção de morangos, principalmente por causa da altitude, em torno de 1.000 m, e de inverno seco com temperaturas amenas. Essas características proporcionam floração e frutificação com qualidade.
Atualmente, 226 produtores cultivam morango no Distrito Federal, divididos entre produção convencional e orgânica. Desses, aproximadamente 95% estão na região de Brazlândia. Este ano, foram plantados cerca de 150 hectares da planta.
“A produção de morangos no Brasil possui grande importância social e econômica, por gerar empregos e aumentar renda de um grande número de agricultores familiares. Nos últimos anos, estão sendo incorporadas novas tecnologias que favorecem a produção de frutos de melhor qualidade e com possibilidades de exportação”, ressalta a engenheira-agrônoma Adriana Nascimento.
25ª Feira do Morango de Brasília
Data: de 3 a 7 de setembro e de 10 a 12 de setembro, das 10h às 22h.
Local: Associação Rural Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag) – Incra 6, BR-080, Km 13 (Brazlândia)
Acesso livre
*Com informações da Emater-DF