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10/12/2021 às 18:57, atualizado em 11/12/2021 às 10:04
Secretaria de Cultura lançou a mostra “Brasília em Cartaz” nesta sexta-feira (10)
No clima do 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) lançou, nesta sexta-feira (10), no foyer do Cine Brasília, a exposição “Brasília em Cartaz”. A mostra visa resgatar e preservar a memória da produção e design de cartazes de filmes brasilienses exibidos no mais importante evento cinematográfico dedicado exclusivamente ao cinema nacional, o FBCB.
Durante solenidade para convidados na quinta-feira (9), a exposição reuniu cineastas, personagens e autoridades, que puderam apreciar as obras que simbolizam uma relevante síntese da história cultural do Distrito Federal. A exposição fica aberta à visitação até 31 de janeiro de 2022.
Com registros históricos de filmes que passaram pela telona da sala de projeção, a mostra conta com 20 pôsteres de produções que fizeram parte do Festival de Brasília ao longo de sua trajetória. Com a presença de cineastas e personagens marcantes do cinema do Distrito Federal, as cores, letras e design dos cartazes remetem aos mais diversos gêneros, estilos e momentos da sétima arte.
O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, acredita que a iniciativa resgata registros da trajetória do cinema brasiliense em um momento muito especial. “Com certeza, a partir desse símbolo de resgate, tenho o sentimento de retomada do nosso cinema, o que nos deixa orgulhosos e com a sensação de um bom bairrismo, que Brasília será a capital do cinema nacional em 2022”, celebrou.
Com um grande simbolismo da história cultural do Distrito Federal, as obras expostas nas paredes do foyer do cine representam a forma mais tradicional de divulgação de filmes, servindo como peça publicitária da atividade cinematográfica. O público cinéfilo poderá conferir a evolução das influências futuristas, cubistas, e tecnológicas que garantiram o fortalecimento dos cartazes de cinema.
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“No cinema, o cartaz é ferramenta fundamental para fomentar no espectador o desejo de conhecer a obra fílmica, estimulando sua imaginação. Frequentemente adquiridas como objetos de coleções individuais ou institucionais, as peças gráficas integram o panorama multidisciplinar da cultura cinéfila”, ressalta Rodrigo Torres, um dos curadores da exposição.
Promovida pela Coordenação do Audiovisual da Secec, de responsabilidade da Subsecretaria de Economia Criativa, a organização da mostra também envolveu a comunidade do cinema da capital, cineastas, personagens e designers gráficos, que puderam relembrar a composição de cada peça que anunciava um novo filme em cartaz, que seria exibido em um dos mais longevos e emblemáticos festivais do país.
A subsecretária de Economia Criativa, Érica Lewis, ressalta que Brasília é patrimônio cultural da humanidade e não poderia deixar de homenagear a memória do cinema brasiliense. “Pelo segundo ano propomos esta exposição, que simboliza o trabalho da Secec de resgate da história cultural e cinematográfica dos brasilienses”, completa.
Cada cartaz, uma história
Responsável pelo trabalho de pesquisa cronológica das produções de audiovisual, o curador Newton Lima conta que cada cartaz reflete uma época, um momento político, tecnológico e uma representatividade marcante para o cinema brasileiro. Próximo ao seu filme e cartaz favorito, “Meteorango Kid – 1969”, Lima garante que cada pôster carrega uma fase evolutiva da história do cinema e da sociedade.
“A gente tem exemplo de cartazes que remetem desde ao sertão, ao repente e à diversidade cultural do Brasil, até os mais modernos em termos de criação e comunicação moderna de anunciar filmes em grandes festivais, exibidos em um dos mais importantes e pensantes cinemas da cidade, o Cine Brasília”, afirma o curador.
Maria Luiza da Silva é a primeira transexual reconhecida na história das forças armadas brasileiras. De frente para o cartaz do filme que conta a história de sua vida, Maria rememora sua trajetória de afirmação como mulher trans, militar e católica presente e resistente em Brasília. “Este cinema representa muito para o Distrito Federal e essa recordação traz à tona todo o momento de muito carinho e acolhimento que tive durante a exibição do meu filme no festival, em 2019”, lembra Maria Luiza.
Magia, mistério e a personalidade de uma mulher de fibra foram características que a cineasta Glória Teixeira quis transmitir no cartaz do premiado documentário “Dulcina”. “No início, a ideia era produzir um documentário sobre a vida e obra da atriz e diretora, mas ao longo das gravações, percebi que estávamos falando também sobre os maiores ícones da história do teatro brasileiro. Esse cartaz representa todos os alunos e os que puderam conviver com a força de Dulcina de Moraes”, revela Glória.
Exposição “Brasília em Cartaz”
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa