Bem-vindo(a) ao nosso site! Encontre informações essenciais e serviços para melhorar sua experiência cidadã. Explore e aproveite ao máximo!
Abaixo listamos as Secretarias, Órgãos e Entidades vinculados ao Governo do Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
Na lista abaixo são listadas todas as Administrações Regionais que compõe o Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
08/01/2022 às 08:57, atualizado em 09/01/2022 às 12:19
Sabe aquela sucata sem utilidade? Nas aulas de física do CED 123, em Samambaia, o material vira experimento e surpreende os alunos
[Olho texto=”“Assim como no método científico, a gente observa o fenômeno e, em seguida, tenta explicá-lo” ” assinatura=”Vinicius Marques, professor de física” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Durante as aulas de física, olhar para o quadro-negro e ver aquelas fórmulas e cálculos era desesperador para a jovem Gabriela Luna, 18 anos, que concluiu o ensino médio ano passado no Centro de Ensino 123 de Samambaia. Matérias de exatas nunca foram suas favoritas – até que ela encontrou as aulas do professor Vinicius Marques. O lema “Aprendizado só tem efeito quando tem emoção” soprou a seu favor e fez com que a disciplina se tornasse atrativa.
Vinicius percebeu que o interesse pelo conteúdo era maior quando os alunos realizavam experimentos e depois aprendiam a teoria do assunto. “Assim como no método científico, a gente observa o fenômeno e, em seguida, tenta explicá-lo”, compara.
Há 19 anos atuando na Secretaria de Educação (SEE), o professor passou por várias unidades de ensino; na do Paranoá começou a aplicar esse método. Entretanto, foi em 2019, quando entrou no CED 123 de Samambaia, que sentiu a ideia ganhar mais força.
“Apresentei a proposta para a direção e fui totalmente abraçado”, conta. “Primeiro, construímos um laboratório de física com materiais doados pela escola, professores e alunos. Em seguida, buscamos projetos que estivessem associados ao conteúdo programático da série.”
Não há um roteiro. Os alunos recebem um vídeo de pessoas que já realizaram o experimento e devem reproduzi-lo. Assim, explica Vinicius, há maior interação dos estudantes. “Eles devem filmar todo o processo, caso estejam realizando em casa, e depois apresentam na sala de aula”, detalha. “É muito interessante, afinal podemos acompanhar toda a criação”.
Família trabalha junto
“O melhor de tudo é sentir-se em desafio”, ressalta Gabriela Luna. “A ideia de vivermos na prática tudo que era ensinado foi muito inteligente. Ele conseguiu descomplicar a física”. Foi tão proveitoso que a jovem pretende seguir a carreira médica, já se preparando para, quando aprovada no vestibular, passar por um curso cheio de métodos científicos.
A estudante conta que teve a família muito envolvida com os trabalhos escolares. “Todos da minha casa queriam participar dos projetos, seja buscando vídeos para nos basearmos, seja ajudando a montar os experimentos”, lembra. “Todos adoravam quando eu chegava com algum desafio novo”.
Laboratório dentro de casa
[Olho texto=”“Esse projeto facilitou nosso aprendizado. Ao chegar em casa, eu corria para assistir filmes e pesquisar sobre o que foi aprendido no dia”” assinatura=”Alex da Silva, aluno ” esquerda_direita_centro=”direita”]
Experimentos que falharam também fazem parte desse processo. Por algumas vezes, vidros quebraram, líquidos derramaram, luzes não acenderam e certezas viraram dúvidas. “Precisa ter emoção”, brinca o professor. Mais de 120 experimentos foram testados para trabalhar os conteúdos de física do primeiro, segundo e terceiro anos do ensino médio.
Para a execução dos projetos, são utilizados materiais de baixo custo, que não têm mais serventia e seriam jogados no lixo. E foram essas sucatas que levaram as turmas ministradas por Vinicius a ganharem feiras de ciências e serem destaques em diversas apresentações. “Quero mostrar para os meus alunos que eles possuem um laboratório de física e química em casa”, observa o professor.
Alex da Silva, 18 nos, também se despediu ano passado das aulas de física do professor Vinicius. Agora formado, ele conta que jamais imaginaria que álcool, garrafa pet, canudo e corante pudessem virar um termômetro a álcool, um dos projetos realizados durante as aulas. “Era divertido participar das aulas”, recorda. “Esse projeto facilitou nosso aprendizado. Ao chegar em casa, eu corria para assistir filmes e pesquisar sobre o que foi aprendido no dia”.
[Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Expectativas alcançadas
Para analisar se a metodologia de ensino aplicada tem efeito e garante um aprendizado de qualidade aos alunos, o professor aplica um questionário e, estatisticamente, faz os estudos. “Estamos muito satisfeitos com tudo que observamos”, afirma. “Houve uma melhora sim. Com isso, estamos reunindo ideias para sistematizar esse trabalho e melhorá-lo ainda mais”.
*Com informações da Secretaria de Educação