19/03/2013 às 15:38

HRAN amplia serviço para atender fissuras labiopalatais

Nomeação de cirurgiões plásticos, pediatra e enfermeiro, entre outros profissionais de Saúde, vai ampliar o atendimento a pacientes com essa patologia

Por Leandro Cipriano, da Agência Brasília


. Foto: Pedro Ventura

Para melhorar o atendimento e aumentar o volume de cirurgias em crianças portadoras de fissuras labiopalatais, o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) oficializou a criação da equipe multidisciplinar de tratamento aos pacientes com essa patologia. Foram nomeados três cirurgiões plásticos, pediatra, otorrinolaringologista, fonoaudióloga, nutricionista, psicóloga e enfermeira.
 

A fissura labiopalatal é uma anomalia congênita, que ocorre durante a formação e desenvolvimento do feto, criando uma abertura na região do lábio ou palato (céu da boca). No país, nascem por ano cerca de 4 mil crianças portadoras de fissuras labiopalatais. No Distrito Federal, o HRAN é a única unidade de saúde especializada em atender o caso e, inclusive, recebe pacientes de outras unidades da Federação.
 

Para o cirurgião plástico e coordenador do Serviço de Atendimento aos Portadores de Fissuras Labiopalatais do HRAN, Marconi Delmiro, ao oficializar a equipe, o serviço se torna mais integrado. “O objetivo é fortalecer o atendimento e evitar que as crianças aguardem na fila. O grupo fica mais estruturado, e, assim, os diagnósticos e tratamentos serão dados no período adequado, evitando sequelas anatômicas, sociais e psicológicas nos pacientes”, afirmou o cirurgião. A criação oficial do serviço foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal de segunda-feira (11).
 

No ano passado, foram realizadas no HRAN cerca de 200 cirurgias plásticas em crianças, e atendidos, em média, de 30 a 35 pacientes por semana no ambulatório. “Com a divulgação do nosso trabalho, têm aparecido novos casos no hospital, e percebemos que a incidência da patologia tem aumentado lentamente”, destacou Marconi Delmiro.
 

O paciente deverá ser submetido a, pelo menos, cinco intervenções cirúrgicas, dos 6 meses até os 18 anos. Após o tratamento cirúrgico, o paciente recebe assistência fonoaudiológica e psicológica.
 

Atendimento – Para ter acesso a esse serviço, o responsável pela criança deve ir a qualquer centro de saúde ou hospital regional e procurar atendimento com o pediatra. Esse profissional dará o encaminhamento para que o responsável comparecça ao setor de marcação. 
 

A solicitação da primeira consulta é inserida no Sistema de Regulação, e, seguindo a classificação de risco, o responsável será contatado para informar dia e hora do atendimento e o nome médico que se responsabilizará pelo paciente.