Governo põe em prática uma série de medidas para garantir que mais brasilienses trabalhem perto de casa

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03/04/2013 às 16:38

Pesquisa ajudará GDF a acelerar criação de empregos nas cidades mais populosas

Governo põe em prática uma série de medidas para garantir que mais brasilienses trabalhem perto de casa

Por Tolentino Melo, da Agência Brasília


. Foto: Mary Leal

Trabalhar perto de casa significa menos tempo de deslocamento, engarrafamentos menores, e baixos gastos com transporte. Ampliar a oferta de empregos mais perto de onde as pessoas moram é um dos problemas históricos que o GDF pretende vencer. Uma pesquisa divulgada hoje (3) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) será uma aliada importante do governo Agnelo nessa tarefa.

 

Segundo o estudo feito com base na Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios do Distrito Federal (PDAD/DF-2011), a RA1 – Brasília ainda concentra a grande maioria das vagas de emprego do DF. Atualmente 47,72% dos postos de trabalho estão no Plano Piloto. Taguatinga e Ceilândia são os outros dois polos de emprego, com 8,96% e 6,73% das vagas de trabalho respectivamente.

 

Esse quadro historicamente negativo apresenta agora uma mudança positiva. Em 2008, 52% dos postos de trabalho ficavam no Plano Piloto, hoje esse percentual caiu para 48%. “Trabalhar perto de casa não é apenas uma questão de comodidade. Representa melhoria na qualidade de vida, economia de tempo e de gastos com transporte e menos engarrafamentos e poluição”, afirmou o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya.

 

Para acelerar esse processo, o GDF desenvolve uma série de iniciativas. “A expectativa é que em 2014 comece a funcionar a Cidade Administrativa. O polo vai levar 15 mil trabalhadores para as regiões de Taguatinga e Ceilândia, além de desenvolver a região, ao atrair comércios e serviços”, contou Miragaya.

 

Ainda de acordo com o levantamento, apenas três regiões administrativas possuem superávit na oferta de empregos, ou seja, geram mais vagas no mercado de trabalho do que a quantidade de trabalhadores que abrigam. Isso acontece com Brasília, principal centro econômico do DF, o SIA, que possui um perfil pouco habitacional e voltado para o comércio e serviços, e o Lago Sul, que, embora 92,6% de seus moradores trabalhem em outras regiões, recebe um contingente de empregados domésticos que supera a população da cidade.

 

A região norte do Distrito Federal vai ser beneficiada pelo projeto Cidade Digital, que transformará a região próxima à Granja do Torto em um dos maiores centros de tecnologia da informação do país. “A principal área, um datacenter do Banco do Brasil e Caixa, já está em funcionamento, e as outras devem ser licitadas em breve”, comentou o presidente da Codeplan.

 

Outros projetos vão garantir mais empregos na região sul, a mais populosa do DF. “O Polo de Logística, em construção em Samambaia, pela proximidade com a saída para Goiânia (GO) e a duplicação do Polo JK, em Santa Maria, vai garantir a diversificação das atividades econômicas, outro passo importante para o desenvolvimento do Distrito Federal”, completou Miragaya.