Bem-vindo(a) ao nosso site! Encontre informações essenciais e serviços para melhorar sua experiência cidadã. Explore e aproveite ao máximo!
Abaixo listamos as Secretarias, Órgãos e Entidades vinculados ao Governo do Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
Na lista abaixo são listadas todas as Administrações Regionais que compõe o Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
22/05/2022 às 08:59, atualizado em 22/05/2022 às 09:42
Serpentes receberam aquecedores, mamíferos e pássaros ganharam camas de feno e caixas para se protegerem das baixas temperaturas
Não são apenas os seres humanos que sofrem com as baixas temperaturas comuns no outono e no inverno. Alguns animais do Zoológico de Brasília precisam de preparo especial para enfrentar o período de frio. Biólogos, veterinários e tratadores acompanham atentamente as informações da meteorologia e se planejam com antecedência para que os bichos não passem frio.
Para que os animais enfrentassem a temperatura de até 1º C, registrado esta semana no Distrito Federal, sem que nenhum problema de saúde acontecesse, nem mesmo stress, foram preparadas camas de feno e de folhas e caixinhas especiais que serviram de abrigo. Sete aquecedores foram usados no serpentário.
O biólogo e diretor do setor de répteis, anfíbios e artrópodes do Zoológico de Brasília, Carlos Eduardo Nóbrega, disse que todos os animais do Zoo passaram bem pela primeira onda de frio.
“Sempre que se aproxima uma baixa de temperatura significativa, nós acompanhamos a meteorologia e, antes do frio chegar, preparamos todo o setor com ambientação no recinto e paisagismo para tentar deixar o mais agradável possível para os animais. Fazemos isso colocando uma quantidade maior de tocas, feno e ligando o aquecedor em casos mais extremos, como é o caso das serpentes”, explicou.
Quanto ao paisagismo empregado, uma preocupação dos funcionários do zoológico é reproduzir da forma mais fiel possível o ambiente dos bichos, inclusive na preparação para enfrentar as baixas temperaturas. “O recinto precisa ficar o mais agradável possível para os visitantes e, principalmente, para os animais”, destacou.
Enquanto alguns animais, como os do cerrado, se adaptam bem ao calor e ao frio, outros, que não são do cerrado, podem ter problemas graves com temperaturas baixas. As serpentes, por exemplo, são animais exotérmicos, cujos corpos não têm um controle térmico tão eficiente quanto os mamíferos.
No serpentário existem aquecedores para que a temperatura seja estabilizada entre 24º C e 26º C durante o período de frio. Eles necessitam de uma fonte de calor externa para se manter aquecidos. No calor, a temperatura no habitat das cobras não pode passar de 28º C. Para isso, existem entradas de ar que são abertas em dias quentes.
“As aves, se expostas a altas temperaturas, podem até ir a óbito, desidratar ou superaquecer. Quando está muito quente colocamos aspersores no recinto desses animais. “Os mamíferos carnívoros ganham sorvete de carne e sangue e os herbívoros recebem sorvete de polpas de frutas”, disse Carlos Eduardo.
[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”]
Alguns pássaros também precisam de aquecimento para os dias de frio, como é o caso do mutum, para quem são preparadas caixinhas com feno para que ele se mantenha aquecido. Pequenos pássaros, como sabiás e canários, recebem palhas em seus viveiros.
Os mamíferos, embora tenham o organismo mais preparado para o frio, também receberam atenção especial. A jaguatirica foi presenteada com uma caminha de feno, enquanto o gato do mato recebeu uma camada extra de folhas secas em sua casinha.
De acordo com o professor da Universidade de Brasília, Fernando Sobrinho, a queda de temperatura que enfrentamos foi uma onda, ou seja, outras acontecerão ao longo do inverno. “Estamos sob a influência do La Niña, que provoca temperaturas mais baixas e tempo seco”, explicou.