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28/05/2022 às 12:43, atualizado em 28/05/2022 às 14:50
Cerca de 400 operários atuam em várias frentes de trabalho e recebem café da manhã, almoço e lanche em dois refeitórios montados próximo à construção
Maior empreendimento viário em execução no país, a construção do Túnel de Taguatinga é garantida graças ao esforço da mão de obra. São cerca de 400 operários atuando em várias frentes de trabalho. Ou seja, 400 bocas que contam com três refeições diárias – café da manhã, almoço e lanche – servidas por restaurantes contratados pelas empresas que prestam serviço na edificação. Direito garantido por lei, diga-se de passagem.
“É obrigatório, trata-se de acordo coletivo firmado entre patrões e empregados, um direito conquistado pelo sindicato do setor há mais de 30 anos”, comenta o representante da Secretaria de Obras e Infraestrutura na comissão da construção do Túnel de Taguatinga, o engenheiro civil Antônio Carlos Ribeiro Silva.
[Olho texto=”“Quem trabalha pesado no dia a dia não é o mestre de obra, nem o engenheiro civil, mas os operários. Então, essa parte da refeição é importante, ajuda muito na produção, com o pessoal feliz, sabendo que vai ter o almoço garantido”” assinatura=”Antônio Carlos Ribeiro, representante da Secretaria de Obras e Infraestrutura na comissão da construção do túnel” esquerda_direita_centro=”direita”]
“Quem trabalha pesado no dia a dia não é o mestre de obra, nem o engenheiro civil, mas os operários. Então, essa parte da refeição é importante, ajuda muito na produção, com o pessoal feliz, sabendo que vai ter o almoço garantido”, avalia o servidor.
A comida é ofertada aos trabalhadores nos dois refeitórios montados próximo à grande intervenção que acontece no coração de Taguatinga. Um localizado no início do Pistão Sul, outro no sentido da Samdu, que fica do lado oposto da passagem subterrânea.
Por conta da covid, além de contêineres adaptados como pequenas cantinas, os operários podem fazer uso de duas tendas erguidas em ambiente aberto. “É um modelo que garante a circulação de ar efetiva no local”, destaca André Borges, engenheiro civil da Trier, uma das empresas que trabalham na obra do túnel.
Alguns profissionais optam por receber tíquetes de alimentação, podendo comer no estabelecimento que preferirem, obedecendo os horários de retorno. Mas o grosso do pessoal, cerca de 70%, opta em receber as marmitas entregues pelos fornecedores de comida.
[Olho texto=”“O segredo do negócio é a criatividade na hora de preparar as refeições. É uma comida caseira de qualidade”” assinatura=”Irene Limeira, empresária, fornecedora de refeições” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O café com leite e o pão com manteiga, por exemplo, são servidos entre 6h e 7h30; as marmitas do almoço chegam às mãos dos operários entre 12h e 14h, e o lanche da tarde, às 16h. O que dá uma média de 840 refeições por dia.
“Os fornecedores são tradicionais no ramo, especializados em comida para construção civil”, conta o engenheiro civil Rodrigo Magalhães, representante legal do Consórcio Novo Túnel. “Já trabalham com a gente há muito tempo, garantindo um nível de satisfação adequado, que atende nossos colaboradores”, analisa.
É o caso da empresária cearense Irene Limeira, 58 anos, dona de um restaurante no Riacho Fundo especializado em oferecer comida para trabalhadores da construção civil no DF. Seu tempero nordestino tem feito a festa dos trabalhadores no canteiro de obras do Túnel de Taguatinga.
“O segredo do negócio é a criatividade na hora de preparar as refeições”, explica. “Sempre diversificando o cardápio com três tipos de carne e surpresas, como farofas de carne seca, bacon com calabresa e couve, por exemplo. É uma comida caseira de qualidade”, diz.
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O menu do almoço, além do trivial arroz com feijão, pode ser alternado com macarrão, farofa com ovo e feijoada na sexta-feira. Além da carne de panela e porco, há a opção do peixe. A salada vem embalada num desses recipientes de sanduíche e há opção de dois tipos de suco por dia.
Especialista na condução de retroescavadeira, o mineiro Antônio Lopes, 55 anos, já se acostumou com os segredos da culinária de dona Irene. “Não gosto de arroz, como pouco, então sempre peço algo diferente, como macarrão. Não tenho o que reclamar”, garante.
Encarregado do almoxarifado, o cearense Gilberto Severino, 46 anos, é também responsável por distribuir as marmitas para os trabalhadores na hora do rango. Também aprova a comida ofertada para ele e os colegas. “A comida é boa, tem muita opção, tem dia que até os engenheiros comem com a gente”, brinca.