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03/06/2022 às 17:15, atualizado em 03/06/2022 às 18:13
Cerca de 50 funcionários de 15 condomínios participaram do treinamento, que contou com aulas teóricas e práticas
Profissionais que trabalham em diversas áreas de 15 condomínios do Jardim Botânico participaram de curso de prevenção e combate a incêndio florestal ministrado por militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) especializados nesse tipo de ação. O encontro, realizado pelo Movimento Comunitário do Jardim Botânico em parceria com o Instituto Brasília Ambiental, foi realizado na manhã desta sexta-feira (3) no Centro de Práticas Sustentáveis do Jardins Mangueiral e contou com 50 participantes.
O objetivo do evento, uma das atrações da Semana do Meio Ambiente de 2022, foi o de capacitar e preparar os funcionários dessas grandes áreas residenciais do setor no enfrentamento ao incêndio por meio de aula teóricas e práticas. Na ocasião, os participantes aprenderam a construir e manusear abafadores e preparar aceiros – faixas que ficam ao longo das cercas onde a vegetação foi completamente eliminada da superfície do solo – para evitar a propagação e o começo de incêndios.
“A ideia é que os próprios funcionários dos condomínios consigam fazer a prevenção do incêndio com técnicas usadas no dia a dia pela corporação. É muito comum o fogo começar e eles não terem como apagar o incêndio. Às vezes contam apenas com uma mangueira de jardim”, destaca o presidente do Movimento Comunitário do Jardim Botânico, Livino Silva Neto.
“Queremos munir as equipes do condomínio com informações preventivas. Entendemos que o cidadão tem que participar das ações, ajudar os bombeiros a diminuir o impacto, os danos e riscos causados pelos incêndios”, salienta.
Aos participantes foram destacados os tipos mais comuns de incêndio, a vegetação mais frequente em que o fogo se alastra, a importância do vento durante a ação, quais equipamentos mais usados, como enxadas, enxadão, rastelo, machado ou pá, além de mochila costal com capacidade de 20 litros de água, além de como usar com eficiência o abafador, instrumento com 2,5 m de comprimento com uma ponta de borracha maleável usado para sufocar o fogo.
“O abafador é uma ferramenta de ponta, nosso carro-chefe. Usado com eficiência, ele adianta muito o nosso trabalho”, explica o primeiro-sargento do CBMDF, Neto Lima. “Quando as pessoas estão bastante informadas do que precisa fazer, dá resultado no combate ao incêndio, por isso a importância dessas palestras”, alerta o militar.
Atuando na área de serviços gerais em um dos 15 condomínios do Jardim Botânico, Bruno Nascimento, 32 anos, achou essenciais as explicações dos heróis do fogo. “Pra gente que trabalha em condomínios ainda mais próximos à área rural, é fundamental essas noções em combate ao fogo”, observa. “Nessa região tem muita queimada, então são ensinamentos que vão ajudar muito, agora vamos saber como agir em caso de fogo”, diz.
Atualmente existem quatros postos avançados dos Corpos de Bombeiros no DF. Um em Planaltina, outro em Samambaia, um terceiro em Santa Maria e um quarto na Asa Norte. Cada um com uma média de 10 homens por quartel para esse tipo de ação. Só no mês de maio foram atendidos no DF 120 casos de incêndio florestal.
Educação Ambiental
Para o diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Brasília Ambiental, Pedro Cardoso, qualquer ajuda vinda de quem for em casos de fogo na vegetação é útil. “É sempre importante a gente estar capacitando e orientando a população, principalmente pessoas que trabalham em qualquer local com vegetação sujeita a incendiar”, pondera o servidor do Brasília Ambiental. “É um momento em que eles aprendem não apenas técnicas de combate, mas como se comportar diante de uma situação de incêndio, quais órgãos acionar, então essas ações dos corpos de bombeiros não é só capacitação, mas educação ambiental”, observa.
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Conselheira de sustentabilidade de um dos condomínios do bairro, o Jardins Mangueiral, Mônica Morbeck, 35 anos, explica que multiplicar o que aprendeu com os mais de 1.600 moradores do espaço é um exemplo de cidadania. “Nosso condomínio fica limítrofe a um parque ecológico que é uma área de cerrado, portanto todos os anos passamos por focos de incêndio”, lamenta.
“Então, é um trabalho de prevenção, um conhecimento a mais que tenho o dever de compartilhar com o quadro de funcionários de nosso condomínio e que será multiplicado aos moradores”, planeja.