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21/06/2022 às 19:56, atualizado em 09/05/2024 às 09:11
Agentes da Vigilância Ambiental fizeram vistoria e capacitação de trabalhadores nesta terça-feira (21)
Onze agentes da Vigilância Ambiental orientaram cerca de 50 trabalhadores da construção civil para o combate à dengue nesta terça-feira (21), no Sudoeste. Além das instruções, os agentes vistoriaram obras em busca de possíveis criadouros do Aedes aegypti – mosquito transmissor da chikungunya, dengue e zika vírus. Na inspeção, não foi encontrado nenhum depósito de larvas.
Esta foi a primeira ação em parceria direta da Secretaria de Saúde com o setor da construção civil com o objetivo de intensificar os cuidados e capacitar os operários para prevenir possíveis casos de dengue. A Vigilância Ambiental já desenvolve ações em diversos setores da economia para reduzir o número de infectados pelo mosquito transmissor.
[Olho texto=”“A parte de obras em geral tem lata de tinta, entulhos e possíveis locais de armazenamento e quando as orientações são seguidas corretamente há redução no número de pessoas doentes”” assinatura=”Cristina Soares, chefe da Assessoria de Mobilização das Ações de Combate às Endemias” esquerda_direita_centro=”direita”]
De janeiro até hoje foram 1,7 milhão de imóveis inspecionados no Distrito Federal. Desses, 116 mil são imóveis comerciais e 73 mil são outros tipos de imóveis, como órgãos públicos, escolas, igrejas, canteiros de obras. A ação de hoje contou com estande educativo para conscientizar sobre as características reprodutivas do mosquito.
Para o servente de obra Otávio Augusto Gonçalves, 24 anos, que já teve dengue, ações como a desta terça-feira são importantes para esclarecer dúvidas e evitar que as pessoas peguem a doença. “A gente sempre pensa na água parada, mas às vezes uma lona que fica estendida pode, no período de chuva, se transformar num possível foco do mosquito.”
A chefe do núcleo de Vigilância Ambiental Sul, Sandra Silva, ressalta que a vistoria em obras esclarece ainda sobre outros transmissores, como ratos, escorpiões e pombos. “Fazemos toda a parte da orientação, principalmente quanto ao descarte de lixo, de marmita, de insumos de obra. Nosso maior problema é o descarte”, explica.
“É muito difícil definir o local exato em que uma pessoa diagnosticada com dengue foi infectada”, alerta a chefe da Assessoria de Mobilização das Ações de Combate às Endemias, Cristina Soares. “A parte de obras em geral tem lata de tinta, entulhos e possíveis locais de armazenamento e quando as orientações são seguidas corretamente há redução no número de pessoas doentes.”
Ações educativas
A expectativa é que cada um dos 50 profissionais transmita a outros setores o que aprenderam com a Vigilância Ambiental e que esse conhecimento seja repassado para 2 mil trabalhadores na obra.
O engenheiro de segurança do trabalho Gerson de Oliveira Alcântara reforça que ações como essa também têm o objetivo de chamar a atenção de empresas para os cuidados com o trabalhador e suas famílias. “Aqui queremos que esse profissional seja um multiplicador, para que leve também para casa e que reproduza os ensinamentos com os colegas.”
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O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, destaca que a ação pedagógica forma agentes voluntários, que são fundamentais para o combate efetivo à dengue. “Se não tiver a participação da população, dificilmente vamos vencer esse mosquito. Por isso, essa atividade é importante. O ideal seria que cada cidadão fiscalizasse cada ambiente em que frequenta”, ressalta.
Ao todo, 1,3 mil servidores da vigilância ambiental fazem vistorias diariamente, de segunda a sexta, e ações intensificadas em finais de semana para combater o Aedes aegypti. Ações preventivas como essa, somadas às mudanças do período climático (do quente e chuvoso para o seco e frio), apresentaram uma redução de 55,5% dos casos de dengue neste mês.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF