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04/10/2022 às 08:47, atualizado em 04/10/2022 às 16:50
Mais importante evento continental da modalidade reuniu 300 atletas de 15 países na capital federal, que deve receber primeiro centro nacional de treinamento
Brasília, 26 de julho de 2022 – O sucesso alcançado tanto por atletas locais quanto pelo nível de organização no 13º Campeonato Pan-Americano de Kungfu Wushu reforçou a posição de Brasília como um grande polo nacional da modalidade. O evento, que reuniu 300 atletas de 15 diferentes países, foi realizado entre os dias 22 e 24 de julho, na AABB.
[Olho texto=”“Acredito que muito em breve conseguiremos estabelecer um centro nacional de excelência de Wushu (em Brasília), com a possibilidade de trazer especialistas técnicos chineses para fazer com que o nível local cresça”” assinatura=”Marcus Vinicius Fernandes Alves, secretário-geral da Confederação Brasileira de Kungfu Wushu” esquerda_direita_centro=”direita”]
O Distrito Federal brilhou na competição: ao todo, foram 24 medalhas, sendo nove ouros, seis pratas e nove bronzes – o melhor desempenho entre todas as federações estaduais presentes no evento.
A organização e a infraestrutura do Pan-Americano estiveram à altura das conquistas. Este foi o segundo evento internacional de Wushu sediado pela capital federal. Assim como em 2018, quando Brasília recebeu o Campeonato Mundial Júnior, o nível da competição foi avaliado dentro dos mais altos padrões internacionais.
“Mantivemos o nível de organização do Mundial Júnior, que teve o padrão da federação internacional. Para eventos continentais, subimos mais um pouquinho o sarrafo. A gente brinca que passa o bastão para a próxima sede com uma responsabilidade muito grande, porque terá de fazer um evento igual ou melhor do que esse”, afirmou o líder do comitê organizador e secretário-geral da Confederação Brasileira de Kungfu Wushu (CBKW), Marcus Vinicius Fernandes Alves.
O Pan-Americano teve apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) e do Conselho de Administração do Fundo de Apoio ao Esporte (Confae). Segundo Marcus Vinicius, o investimento foi determinante para o sucesso da competição.
Secretária de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Giselle Ferreira de Oliveira destacou o impacto positivo para Brasília de um evento como esse, que vai além do esporte. “Brasília realmente está sendo uma referência para o esporte. O Wushu traz mais do que o esporte: traz toda a sua cultura e disciplina. E ter o esporte aqui significa também fomento para a economia local. Estamos incentivando projetos como esse porque o impacto é no setor hoteleiro, no transporte, em toda uma engrenagem que é aquecida”, disse a secretária.
A forte identificação com o Wushu aproxima Brasília de mais uma importante conquista: a criação do primeiro centro de treinamento nacional da modalidade, voltado tanto para o alto rendimento quanto para o fomento do esporte em comunidades carentes.
“Acredito que muito em breve conseguiremos estabelecer um centro nacional de excelência de Wushu, com a possibilidade de trazer especialistas técnicos chineses para fazer com que o nível local cresça. Brasília sai na frente. A nossa ideia é, futuramente, começar a replicar isso Brasil afora, com pelo menos um centro desse porte por região”, projetou o secretário-geral da CBKW.
Reconhecimento
O alto nível de organização do Pan-Americano foi reconhecido pelo presidente da Federação Pan-Americana de Wushu (PAWF), Anthony Go. Segundo ele, a expectativa, alta devido ao Mundial Júnior de 2018, foi atendida com sucesso.
“Estou muito satisfeito pelo apoio que recebemos do governo local, da comunidade e dos países que enviaram representantes para o evento. O saldo é muito bom, muito positivo. Brasília é um local ideal para sediar eventos pan-americanos. Aqui, entendem o esporte, entendem como os eventos são organizados, a comunidade oferece um grande apoio e o governo local apoia integralmente”, completou.
Medalhista em duas categorias de Taolu, Michele Santos destacou a evolução no nível de eventos nacionais e internacionais ao longo dos últimos anos. “A organização está nota dez. É disso que a gente precisa para que o nosso esporte vá crescendo cada vez mais”, disse.
*Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer