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04/10/2022 às 14:46, atualizado em 07/10/2022 às 18:55
Operários trabalham na fundação da estrutura, que teve investimento de R$ 22 milhões e trará economia de tempo também para quem mora no Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Arniqueira e Park Way
Brasília, 19 de agosto de 2022 – A construção do viaduto do Riacho Fundo segue em ritmo acelerado. Com 28% dos trabalhos executados, os cerca de 60 operários concentram esforços na conclusão dos alicerces.
A obra tem investimento superior a R$ 22 milhões e trará uma melhoria significativa para quase 100 mil motoristas que diariamente trafegam entre Recanto das Emas, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Arniqueira e Park Way.
Contrariando o imaginário popular, o viaduto do Riacho Fundo não será suspenso. As duas passagens, uma para cada sentido da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), ficarão entrincheiradas. “As pistas subterrâneas terão o formato semelhante a de uma ferradura, cada uma com 200 m de comprimento”, explica a engenheira responsável pela obra, Sandra Martins.
A estrutura escolhida para fazer a sustentação e contenção do viaduto é conhecida por estaca hélice contínua. O método conta com uma perfuratriz helicoidal para fazer a concretagem da estaca simultaneamente à retirada do solo. A armadura, em forma de gaiola, é introduzida em seguida no concreto ainda mole – uma escavadeira ajuda a empurrar os vergalhões de aço para dentro da cavidade.
As estacas medem de 15 a 20 metros de altura, com um raio de 0,50 cm. A distância entre o centro delas é de aproximadamente 1 m, justamente para que fiquem encostadas umas nas outras, formando uma espécie de paredão. “Ao todo, o viaduto terá aproximadamente 250 estacas”, conta Sandra. “Já concluímos 120 delas e devemos terminar as restantes em três meses”.
Confira o vídeo:
Com todas as estacas prontas, será chegado o momento de abrir caminho para as duas alças do viaduto que servirão tanto como retorno quanto como acesso ao Núcleo Bandeirante e à Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) de Águas Claras. É a chamada escavação invertida, método em que a passagem subterrânea é aberta depois de ter a estrutura de contenção construída.
Interferências
Alguns quiosques localizados no canteiro central da EPNB precisarão ser deslocados para dar espaço ao viaduto do Riacho Fundo. Os novos locais onde os permissionários poderão se instalar já foram designados pelo Governo do Distrito Federal. É o caso da lanchonete onde Malone Sidarta, 24 anos, é gerente. Ela sairá de frente ao balão principal da via e irá para perto da passarela suspensa.
“Estamos instalados aqui há dez anos, mas não temos medo da mudança. Estaremos mais perto dos pedestres, acreditamos que o movimento vai até melhorar”, avalia Malone. “Além disso, é uma obra importante para a região. O trânsito aqui é muito intenso – eu venho para o trabalho a pé, mas vejo o congestionamento que se forma e ouço reclamação de muita gente”.
O gerente comercial Ataíde Marcos Cordeiro, 30 anos, é um dos motoristas que sofrem com o trânsito pesado da EPNB. Morador do Guará II, ele demora cerca de 40 minutos para percorrer o trecho de 10 km que separa sua casa do local de trabalho. “Nos finais de semana, com menos carros na via, faço o mesmo trajeto em 10 minutos”, garante. “Acredito que o viaduto irá melhorar bastante o fluxo de veículos”.
A obra comandada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) é um sonho antigo dos moradores da região. “A população do Riacho Fundo vinha lutando por esse viaduto há mais de 20 anos”, afirma a administradora da cidade, Ana Lúcia Melo. “Essa construção vai impactar diretamente na vida dos motoristas, facilitando a entrada na cidade e diminuindo o número de acidentes”.