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04/10/2022 às 16:56
As aulas são dadas há 17 anos por um técnico de laboratório que trabalha na UBS 5 e são voltadas para servidores e para a comunidade
Brasília, 14 de setembro de 2022 – A unidade básica de saúde (UBS) 5 do Gama não oferece apenas consultas, exames e aconselhamento aos pacientes. Todas as terças e quintas-feiras, das 17h às 19h, o técnico de laboratório da unidade, Luiz Armando do Nascimento, de 58 anos, troca o uniforme de trabalho por quimono e faixa para dar aulas gratuitas de karatê no galpão anexo à UBS, construído pela comunidade.
Os alunos são colegas de trabalho, moradores do Gama e também pessoas com necessidades especiais. O projeto existe há 17 anos, tendo sido suspenso durante a pandemia de covid e retornado em agosto deste ano.
“Criei o projeto para contribuir com servidores e tirar a criançada da rua. Temos também alunos que são autistas e hiperativos, entre outras deficiências”, explicou. O nome do projeto é Karatê Social Pais e Filhos. As aulas foram retomadas com 12 pessoas, mas o instrutor acredita que aos poucos esse número vai aumentar.
Professor de karatê há 40 anos, Luiz afirma que os seus alunos têm o mesmo aproveitamento que os de uma academia tradicional. “Aqui é a mesma coisa de uma academia, com mudança de faixa, por exemplo. A única diferença é que a gente tem uma aula mais direcionada a pessoas especiais, idosos, todos interagindo junto. O objetivo é o bem-estar e a saúde das pessoas”, explicou.
Uma das alegrias de Luiz Armando nesses quase 20 anos de academia improvisada, é ter dado aula a um adolescente autista, que chegou na UBS para aprender karatê aos 14 anos. “A modalidade o ajudou muito a evoluir na escola, segundo disse uma de suas professoras. Quando saiu daqui, depois de dez anos, ele foi para a faculdade fazer o curso de Letras”, disse.
A agente de saúde e servidora da UBS, Denise Cardoso, 40 anos, disse que o fato de as aulas acontecerem numa unidade de saúde é bom porque chama a atenção dos pacientes, que acabam se interessando pelo esporte. “Muitos resolveram participar depois que viram as aulas. Eles ficavam olhando, depois vinham perguntar e, assim, começaram a participar das aulas assim”, destacou Denise. A servidora, que hoje é faixa amarela, começou a praticar karatê na UBS há seis meses.
O sushiman Marques Roberto, de 39 anos, pratica karatê na UBS há quatro anos. Hoje ele é faixa vermelha e sonha em dar sequência ao projeto social iniciado por Luiz Armando. “É muito bom. Deveria haver mais projetos como este”, opina.
Quem tiver interesse de fazer as aulas, é só procurar o professor na UBS 5 do Gama (Quadra 38, Área Especial Leste).