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08/11/2022 às 09:16, atualizado em 08/11/2022 às 17:00
Desde que foi instalado, o supertomógrafo PET-CT, do Hospital de Base, indispensável para detecção e acompanhamento da doença, realiza uma média de 40 a 80 exames por mês
Ao longo de um ano de funcionamento no setor de medicina nuclear do Hospital de Base (HB), o aparelho PET-CT vem ajudando a salvar vidas pelo Distrito Federal. Único da rede de saúde pública da capital e indispensável para a detecção do câncer e acompanhamento da doença nos pacientes, o equipamento realiza mensalmente uma média de 40 a 80 exames, aperfeiçoando o tratamento do câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no DF. Mas esse número pode chegar a 60 exames por semana e 240 por mês, sua capacidade máxima, se um dia forem liberadas outras indicações hoje não previstas no SUS.
Entre os pacientes que foram tratados no HB e examinados pelo supertomógrafo está a auxiliar administrativa Edite Brito, 67, moradora do Itapoã. Há dois anos, ela foi diagnosticada com um linfoma – tipo de câncer que afeta o sistema linfático – próximo ao pescoço. Iniciou o tratamento no próprio hospital, fez quimioterapia e foi dispensada da radioterapia. Faltava ainda o exame PET-CT (tomografia computadorizada por emissão de prótons), indicado para acompanhar a evolução da doença.
[Olho texto=”“É um aparelho altamente tecnológico, e com ele conseguimos monitorar o câncer, verificar se é uma doença local, se está bem avançada. O paciente só tem a ganhar, até mesmo com a precisão que ele traz”” assinatura=”Renato do Amaral, chefe do Núcleo de Medicina Nuclear no HB” esquerda_direita_centro=”direita”]
Mas era algo que não cabia no orçamento de Edite. “O exame custa cerca de R$ 4 mil nas clínicas particulares. Eu disse aos médicos que iria esperar”, explica. No fim de 2021, Edite pôde enfim fazer seu PET-CT no Núcleo de Medicina Nuclear e sem gastar um tostão. Repetiu o exame e, logo depois, veio a cura. “Graças ao bom Deus, estou curada. A maior vitória de minha vida”, desabafa ela. “O tratamento, os exames e os profissionais são todas coisas de primeiro mundo. Este governo está se esforçando para melhorar a saúde”.
Oito anos parado
Com cinco toneladas e esbanjando tecnologia, o aparelho tem uma história curiosa: foi comprado por 1 milhão de dólares em 2013 (mais de R$ 5 milhões, em valores atuais) por uma gestão anterior. Houve, porém, um erro de planejamento. O hospital não tinha a devida estrutura para acomodar o tomógrafo, e o equipamento precisou ficar guardado. A partir de 2019, coube ao atual governo e ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) tirá-lo das caixas e fazê-lo funcionar.
Em outubro de 2021, o governador Ibaneis Rocha inaugurou a área de medicina nuclear no HB para acomodar o PET-CT. Além da modernização do espaço, foram selecionados 18 profissionais – parte cedida pela Secretaria de Saúde e parte contratada pelo instituto – para um treinamento técnico.
“É um aparelho altamente tecnológico, e com ele conseguimos estadear [monitorar] o câncer, verificar se é uma doença local, se está bem avançada. O paciente só tem a ganhar, até mesmo com a precisão que ele traz”, explica o médico Renato do Amaral, chefe do núcleo no HB. “Além de auxiliar o médico a definir o melhor tratamento”. O exame dura em média 40 minutos, a partir do momento em que o paciente é posicionado na máquina.
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Técnico de radiologia, Oswaldo Souza é um dos responsáveis pela execução diária dos exames. Ele reforça o salto de qualidade que o tomógrafo trouxe para o tratamento: “É algo de extrema valia para a população do DF. O tomógrafo atende a população carente que não tem condições de fazer o exame nas clínicas particulares. Em nossas pesquisas de satisfação, a cada dia que passa, vemos mais pacientes satisfeitos”.
O que é o PET-CT
O PET-CT é um exame que revela, com alta precisão, alterações metabólicas nas áreas da cardiologia, infectologia, neurologia e, principalmente, oncologia. Neste caso, o exame é solicitado para avaliação de metástases e estágio da doença, fornecendo aos médicos subsídios precisos para direcionar e avaliar o tratamento dado ao paciente.