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03/12/2022 às 10:19, atualizado em 03/12/2022 às 10:59
Medida faz parte do Plano Anual de Arborização da Novacap 2022/2023; do total de novas plantas, 40 mil serão ipês e 60 mil, espécies nativas do Cerrado
Entre tantos atrativos, Brasília se destaca pelas centenas de jardins e áreas verdes: são mais de 5,5 milhões de árvores e 186 milhões de metros quadrados de grama. A recomposição ambiental e o plantio de novas mudas no Distrito Federal é de responsabilidade do Plano Anual de Arborização da Novacap. Para 2022/2023, está prevista a plantação de 100 mil novas árvores em todas as regiões administrativas – até esta sexta-feira (2), 25 mil já foram cultivadas.
Do total de mudas a serem plantadas, 40 mil serão da árvore símbolo de Brasília, o ipê, nas cores branco, amarelo, roxo, rosa e verde. Os outros 60 mil exemplares são de espécies nativas do Cerrado, como jacarandá, fisocalina, sapucaia, flamboyant e jequitibá. Em 2020/2021, foram plantadas 35 mil árvores.
O plantio ocorre no período chuvoso, entre outubro e março, para que a planta crie raízes até a chegada da estiagem. Antes, são realizadas atividades de planejamento, levantamento de áreas, produção e preparo das mudas e procedimento licitatório para condução dos trabalhos.
[Olho texto=”“A população não deve fazer o plantio sem a orientação técnica da Novacap, porque 90% das árvores que caíram no DF foram plantadas indevidamente. E isso termina causando quedas sobre residências e até vítimas fatais”” assinatura=”Raimundo Silva, chefe do Departamento de Parques e Jardins” esquerda_direita_centro=”direita”]
O chefe do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap, Raimundo Silva, afirma que as necessidades de arborização e recomposição ambiental são mapeadas por técnicos da pasta durante todo o ano. As administrações regionais e órgãos distritais também são contatados para sugerir a plantação de novos espécimes.
“Com o levantamento pronto, é feita uma análise sobre os pontos sugeridos, para saber se aquele local está em algum projeto de intervenção futuro, como a construção de uma nova pista ou ciclovia, e se por ali passam redes de distribuição elétrica e de água. Daí, é elaborado o plano anual com os locais em que as plantas podem ser cultivadas”, explica Silva.
As plantas podem ir para novas áreas que necessitam de arborização, como praças e obras públicas, bem como recompor ambientes em que as árvores foram suprimidas, por intempéries naturais ou humanas. O material “verde” é desenvolvido no Viveiro 2 da Novacap, no Setor de Oficinas Norte. Há ainda o Viveiro 1, no Núcleo Bandeirante, que produz flores, arbustos, palmeiras e plantas de sombra.
A chefe da Divisão de Agronomia do DPJ, Janaina Gonzáles, responsável pelas duas unidades, pontua que cada espécie de árvore plantada no DF passou por pesquisas agronômicas e experimentos antes de ser, de fato, cultivada. “Tudo é levado em conta para que a árvore não tenha que ser prejudicada depois de plantada”, explica ela.
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Desde a inauguração da capital federal, a Novacap é responsável pela arborização da cidade, viabilizando cada passo entre a coleta da semente e a manutenção das plantas cultivadas. Atualmente, mais de mil servidores estão envolvidos no processo.
Segundo o chefe do DPJ, o cultivo de plantas em locais inadequados pode acarretar prejuízos estruturais e até acidentes. “A população não deve fazer o plantio sem a orientação técnica da Novacap, porque 90% das árvores que caíram no DF foram plantadas indevidamente. E isso termina causando quedas sobre residências e até vítimas fatais”, afirma Silva.
Para evitar problemas, a população pode solicitar orientação técnica sobre o plantio de árvores pela Ouvidoria, no telefone 162 ou pelo site. Com o pedido feito, um técnico do DPJ é enviado ao local para viabilizar o plantio de forma correta e em local apropriado.